segunda-feira, 17 de agosto de 2009
o sabor da carne.
Ele encostou-a à parede, apoiando uma mão nesta e outra no seu pescoço. Sorriu maliciosamente e consumiu, contorcendo-se, a alma selvagem que ela transparecia do olhar. Era fome, muita fome de pele nua. Tocou-lhe com a língua nos lábios de seda vermelha, ela estremeceu e abriu a boca para morder e violar a dele. Havia ardor, intensidade, uma ansiedade frenética e erotismo. A mão deslizou e bruscamente desceu-lhe o vestido, sem ele era apenas mulher. Ela soltou um gemido abafado como uma explosão perigosa de excitação e perversidade, agarrou-lhe o cabelo e mergulhou mais fundo no beijo. Acariciou-lhe a perna elegante que num instante se enlaçou na dele, os corpos assumiram uma posição suficientemente boa para não se largarem mais e ela despir-lhe a camisa. No ar ficou uma mistura sedutora de odores misturados, whisky, perfume e transpiração sexual feminina. A respiração estremecia, a pulsação latejava, e a sensação de cabeça-à-roda tornou-se contínua e saborosa. Pegou nela em direcção à cama e concentrou-se em roçar os lábios no queixo definido e no pescoço, querendo descobrir cada milímetro fugaz dela. As costas do tronco magro embateram no colchão e rapidamente se arquearam, passou a língua nos lábios, bebendo o que restava dele e fechou os olhos quando ele se apoderou do peito pequeno e firme que ela portava. Sentiu vertigens, e a cabeça deixou de funcionar, enlouquecendo, pouco a pouco com a sensualidade dela e o apetite insustentável. Estava calor no quarto, um silêncio que eles não ouviam nem conseguiriam se quisessem. Cravou os dentes no pescoço e usou as mãos trémulas para lhe apimentar o sorriso deliciado dela. Os músculos tremiam descontroladamente e essa sensação fê-la ferrar-lhe as unhas nos ombros largos enquanto ele desceu os dedos até ao seu baixo-ventre. Gemeu o seu nome, e o desejo passou de fantasioso e sexual a primitivo. Deixou cair a cabeça para trás, como rendida aos prazeres da agilidade masculina e isso excitou-o mais. Procurou de olhar desfocado a boca dela. Estava faminta e molhada, colaram-se e perderam-se no emaranhado das línguas, na pressão dos lábios e das mãos curiosas dele no peito dela. Ele era um pouco rude, e o quanto que ela gostava disso. Fazia-la sentir vulnerável, sofredora de mais e mais prazer. Os corpos suados uniram-se, mergulhando nela a um ritmo quase descontrolado e vivo. O impacto fê-la abrir a boca, como se fosse gritar mas sem som. Sentiu-se poderoso e brincou com ela. Enchendo-se ainda mais de prazer e mimando-a como ela gostava. Tocou-lhe com as pontas dos dedos e com a boca no tronco, lambeu-a e sentiu-a quente, muito quente. As pernas dela vacilaram e a cabeça ficou zonza, e enrolou o braço do pescoço dele. O auge da excitação fê-la gritar, um gemido rápido e desenfreado, louco e intenso. Ele entrou mais fundo, mais devagar para que sentissem cada bocadinho do êxtase e grunhiu com a sua voz máscula e rouca. Ela arrepiou-se e voltou a dizer o seu nome, pedindo-lhe que não parasse. Havia ferocidade no rosto de ambos, como se quisessem matar um ao outro fazendo aquilo. O coração acelerou e ele sorriu. Chegou o rosto mais a ela. Agarrou-lhe as ancas com firmeza e ela mordeu-lhe o lábio com força, como um animal que não se alimente há semanas. Enterrou a cara nos cabelos volumosos dela e ela grata escutou-o desmoronar dentro dela.
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11 comentários:
Uma das melhores descrições que já li. Puramente visual, a conseguir passar todas as sensações. Incrível.
Está perfeito, perfeito, perfeito mafaldinha :)
Uau Mafalda!
Concordo com o Nuno, bastante visual.
Beijocas querida
P.s: Saudades tuas :$
Está...olha...nem tenho palavras.
Éstá perfeito (e isto é pouco para descrever).
Fez-me lembrar as descrições da Nora Roberts.
Uau memso, dos teus melhores mafalda :D
Oh se leio!
Venero a escrita dela ;)
Lindo! :')
Adorei o texto, completamente!
E adoro a nova skin ;)
um texto espectacular como ja varios disseram aqi mesmo muito visual.
descriçao qe torna o texto muito realista.
amei mesmo
<3
O prazer foi meu! :D
bem que texto carnal!!! ahah muito bom ;) xx
Mafalda... divinalmente pecador, este teu texto levou-me ao céu...
A descrição é de tal maneira palpável... É como se tivesses a ver a vê-los, contigo ao meu lado a descrever cada milésimo de segundo do que se passa...
BRILHANTE... SUBLIME!
Concordo com a Joana: O prazer foi todo meu!!!!
beijO*
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