domingo, 6 de junho de 2010

lonely


Ela realmente esteve sempre lá. Ela era perfeita, aguentava os meus acessos de fúria, as minhas angustias, as minhas loucuras, os gritos, as coisas que volta e meia voavam pela casa ou as partia. Tanto chorava no colo dela, como riamos tardes perdidas ou faziamos amor. Mas houve um dia em que ela não aguentou mais esta montanha russa e decidiu ir embora. Eu acordei a meio da noite, senti um aperto, e aí vi que ela já não estava. Não havia o perfume dela no ar e a cama estava tão fria sem ela... Ao inicio julguei que estivesse a sonhar, que era mau demais para ser verdade. Mas era, e eu não conseguia raciocinar o porquê dela ter ido sem me dizer nada. Mas aí eu recuei no tempo, nos tempos intensos que vivemos juntos. Para no fundo tentar perceber o que é que eu tinha feito para ela desistir de mim. E vi, e doeu como pregos pregados nas minhas mãos a sangue frio. Agora, desde que ela foi embora, a minha vida perdeu o sentido. Está o caos sem a paz que trazia aos meus dias. Ela não era uma rapariga como as outras, não era uma namorada como a tua. Ela era realmente especial. Ela ficou sempre do meu lado, mesmo depois de tudo o que eu lhe fiz passar. E o que me magoa mais, é ter-lhe partido o coração. Já vi o mundo inteiro, e nunca conheci ninguém com o estofo para aguentar todas as coisas que ela aguentou. Mas nunca pensei que chegasse o dia, em que ela me deixaria sozinho. Já nenhuma parte do mundo me importa, se em nenhuma delas ela lá estiver. A rapariga dos meus sonhos, a única que me fez feliz. Nunca pensei ser possível sentir-me tão sozinho, sentir este vazio tão grande. Então eu só te peço que me perdoes e, por favor, volta para casa...
para sempre teu, Derek

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