Eu queria falar de ti - mas não posso. Não posso porque tu me descobririas, não posso porque tu me lerias. E entre nós, as soluções são já miragens. Queria falar "de" ti e não "para" ti apenas por descargo de sentimentos acumulados ao longo de todos estes anos. Queria escrever sobre ti, para deixar a mágoa, a desilusão e os nervos irem embora e não regressarem mais. A cada dia que passa acredito mais no que dizem, quanto às pessoas que mais amamos serem as que mais nos desiludem. E tu desiludiste-me mais do que qualquer outra pessoa na minha vida. Logo tu, que eras das pessoas mais importantes para a minha sobrevivência. Agora vivo bem sem ti. Porque embora as tuas palavras-mágicas, lá no fundo, nunca acreditei que fossem realmente reais. E é por isso que chegaste ao fundo do meu poço. Daqui já não passas, não me consegues desiludir mais porque também já só me deixas zangada - mas comigo mesma, por ainda deixar que tu sejas ponto influênciador dos meus dias. Não te quero mais, acreditei realmente inocente que nunca te diria tal, um dia, mas estava mais do que iludida. Quer gostes ou não, esta altura é mais do que hora de dizer que só (me) faz falta quem está do meu lado - ao sabor do mesmo vento que eu, e não a navegar contra ele.
domingo, 15 de maio de 2011
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