As pessoas são, na minha opinião, as coisas mais fantásticas e surpreendentes ao cimo da terra. Pelo lado positivo e pelo lado negativo - como tudo na vida, aliás. É a conciliação que fazem entre o seu próprio cérebro, a personalidade, o coração e as noções da sociedade simplesmente impressionante e aquilo que mais me fascina. A psicologia humana mais do que o seu estético - ainda que, por consequência, esteja sempre envolvido. Ainda assim, precisamos de ter, entre nós, pessoas com as quais nos identifiquemos. Não é preciso serem copias nossas, as diferenças são sempre saudáveis e mais curiosas, porém pontos comuns fazem uma relação. E isso faz mesmo muita falta ao indivíduo. Um espelho nosso, mesmo que turvo, mas que no mínimo nos entende e à nossa maneira única de ser, e ainda, como toque de sobremesa, partilhe dos mesmos gostos e ambições que nós. Não se torna de todo cansativo mas até estimulante - pois partilhasse, falasse e criam-se pactos e laços realmente fortes e verdadeiros. E é disso mesmo que, do fundo do coração, mais sinto falta.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
is true.
É com os pontapés que nos dão que nos apercebemos melhor da importância das coisas. É ao vê-las a cru que sabemos exactamente de que matéria é que são feitas, se boas ou malignas, e aí tomasse decisões. Por isso enquanto os olhos não virem para além daquilo que nos demonstram, não tirem conclusões. Por detrás de duas palavras, estão mil. As realmente cruas, reais e verdadeiras às quais temos de, aí sim, dar importância.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
futuro?
quinta-feira, 23 de junho de 2011
à tua memória.
Eu irei sempre falar de amor, porque me lembra de ti. E ainda que já tenhas voado num manto de purpurinas e vento de Inverno, o meu coração ainda se embala de noite ao som das tuas memórias. Tenho um alçapão refundido debaixo da cama, e sempre que o abro ecoa a tua voz, o teu bocejar, o teu riso. A tua voz pinta-me as paredes em tons pasteis nos dias de maior tormento de saudades, e de cores vivas quando sonho contigo e acordo a sorrir. És a primavera no gelado Antárctico e na minha alma também. Do sol luminoso lá no alto e a terra molhada no chão que piso descalça. Eu correrei sempre por ti, amor meu, já que a vida me proibiu de correr para ti.
pontos altos.
Quando tu escolhes alguém para amar e partilhar o resto da vida, não escolhes só a pessoa. Escolhes também a sua família, os seus problemas, as suas memórias, os seus defeitos e filosofias. Escolhes tudo isto, porque é o que constitui a pessoa que amas. São, precisamente cada uma dessas coisas, que fazem dela aquilo que tu aprecias. Podes não estar sempre de acordo, pode tirar-te horas e dias com o teu amor, pode magoar-te o coração, mas a escolha será sempre tua. E é aí que se vê a consistência do amor. Quando conseguimos ensinar o coração a aceitar, a ouvir e aguardar que o nosso lugar fixo surja na vida da outra pessoa, ao seu próprio ritmo, até nós passarmos a fazer parte precisamente dessa família, desses problemas, das memorias, dos defeitos e das filosofias - e a sorrir e a sofrer por elas como se fossem nossas.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
precious.
(...) E depois descubro que falas comigo como falas com qualquer outra mulher, ou até mesmo pessoa. Coisa que, independentemente do sofrimento, do tempo, da desilusão, da historia, da vida, das circunstancias, eu nunca consegui. Nem o quero, sabes. Porque tu hás-de ser sempre tu. Mesmo que a vida nos separe definitivamente, tu és... tudo. Foste em tempos um diamante em bruto que eu perdi, e quem te encontrou agora, já não vê isso. Nem mesmo eu. Mas mesmo assim, se há alguém de quem eu fale sempre a chorar é de ti. Pelas memorias, boas e más, e por o que és agora. E digo-o sem quaisquer criticas morais, porque és o que queres, e eu não sou ninguém para te apontar o dedo. Sou apenas a que vive das ilusões daquilo que foste, de tudo o que te fiz, e do que tu me fizeste também.
a tua doce queda.
Eu tinha escrito o crime perfeito. Tinha-o planeado até ser tão óbvio e infalível que às vezes sonhava que já o tinha cometido. Era a tua morte. A tua doce e saborosa morte. A tua queda do trono - trono do qual achaste que nunca abandonarias. Aquele que me esfregaste e cuspiste na cara com toda essa superioridade e insensibilidade que tu tens para com o mundo podre que governas. Então eu procurei ser também assim tão insensível como tu, ou de outra perspectiva, ser tão sensível a ponto de ter coragem de te derrotar em nome de todos os que destroçaste. E por isso não serei a vilã, mas sim a heroína. Não a droga, não a loucura, não o transe icónico em que se entra, mas sim a que vence em nome do mundo. E eu irei gritar e lutar, gemer por todas as maleitas que provocaste no meu coração como se fosse o meu último fio de vida.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
caindo.
Eu não sou propriamente a melhor pessoa em palavras, então para ti, parece que elas evaporam subitamente sempre que abro a boca. Porque se houve pessoa que me desiludiu... foste tu. Tu que em tempos foste o meu mundo, o meu suporte, e agora dói só dos meus olhos tocarem nos teus. Não te entendo. Não entendo como consegue uma pessoa mudar tanto, e por alguém que não fazia parte das nossas vidas. Deixaste duas plantas a meio do crescimento e outra ainda quando estava a brotar. Secaram aos poucos, porque tu mal lhes ligavas, mal as alimentavas. Plantas que tu própria trouxeste o mundo. Pergunto-me porque é que plantaste estas três sementes, se não ias cuidar delas o tempo necessário? Precisávamos de ti para sempre. Mas como eras antes, antes de tudo, e não como és agora.
sábado, 18 de junho de 2011
da autoria de Maria de Fátima Bravo.
"Vocês sabem lá a saudade de alguém que está perto. É mais, é pior do que a sede que dá no deserto. É chama que a vida ateia sem dó na alma da gente ao sentir que vive só. Vocês sabem lá que tormento é viver sem esperança. E ter coração, coração que nem dorme, nem cansa. Não há maior dor, nem viver mais cruel que sentir o amargo do fel em vez de mel. Vocês sabem lá..."
quinta-feira, 16 de junho de 2011
a carta de condução
Depois de tantas noites sem dormir, de lágrimas, de tanto dinheiro fora, das injustiças, dos nervos... Finalmente, a carta de condução!
Obrigada a todos os que me apoiaram e me aturaram neste processo, mas em especial ao meu namorado que me ouviu nestes meses a fio, aos meus pais e às minhas avós, à Carina que me deu sempre força para eu não desistir e à minha turma que ainda que nunca me tenham visto conduzir me apoiaram e defenderam sempre contra tudo e contra todos e que hoje me bateram palmas e me abraçaram quando lhes contei. Não é que tirar a carta seja um grande e difícil passo na vida de uma pessoa, mas não é fácil - eu pelo menos não achei. Tem de haver estofo, dinheiro e muita confiança - algo que quanto a isto, não tinha nenhuma. Ter chumbado foi uma grande injustiça, mas esta foi resolvida e o senhor lá se encontra preso.
Com menos dinheiro no bolso e com uma falta de jeito para os carros a gasolina, estou contente e agora espero que seja sempre a melhorar.
terça-feira, 14 de junho de 2011
e tu, o que lhe chamas?
Eu chamava-lhe poço porque me sentia a cair. Eu chamava-lhe esperança porque me tirou da vida que levava. Eu chamava-lhe conforto porque me sustentava. Eu chamava-lhe pássaro, porque mal o via pousar. Eu chamava-lhe sossego, porque nunca me deu preocupações. Eu chamava-lhe relógio, porque só me tirou tempo de viver.
Eu chamava-lhe amor, e era o que lhe devíamos sempre chamar - porque senão o for, então não vale a pena chamar-lhe mais nada.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
sabe certo.
A vida tem as suas voltas. É redonda como o nosso planeta, tem vales como o teu coração e é plana como uma carta de despedida. Tem as mais variadas cores, das mortas às mais vivas, e os mais variados cheiros, do suave ao profundamente garrido. A vida fere-nos os olhos como as saudades duradouras. Viver atraiçoa-nos a cada esquina, mas também é a maior dádiva do homem, poder sentir e assistir precisamente a essas suas voltas.
por aqui, maus dias.
Eu não tenho problema com as criticas, o que me incomoda são elas em excesso. Quando surgem num curto espaço de tempo, vindas de todas as direcções, das pessoas mais e menos importantes - mas todas elas deixam feridas. Não por serem criticas, mas por serem muitas. Não por serem más, mas por serem desnecessárias. Não tenho feito nada a menos ou a mais para justificar tanta revolta, não tenho feito menos ou mais, para nestes dias tenham decidido todos criticar-me. Não sei se o que pretendem é apenas magoar, que é decerto o que muitos pretendem, ou se me chamar atenção para algo que é supostamente muito normal nas vossas mentes, mas na minha não. Mas de qualquer das formas, a única coisa que conseguem é que eu me feche e que, por consequência, aprenda a não precisar de vocês.
sábado, 11 de junho de 2011
00:06 - desabafo.
Ultimamente tenho medo de me perder. Medo de não ter onde me segurar no dia em que tu, por motivos da vida e não do coração, não estejas comigo. Mas aí lembro-me deste meu amor, desta cruz saborosa que carrego aos ombros todos os dias da minha a vida, que é a escrita. E isso sossega-me, porque enquanto espero por ti, terei sempre estas palavras para te escrever e que me ajudaram a sobreviver ao tempo sem maiores medos.
as provas de amor.
Ás vezes achamos que os problemas de coração ocorrem somente em épocas de juventude - mas achamos mal. A verdade é que o amor e as suas maleitas não têm idade, elas surgem em qualquer altura, independentemente da cor, da textura, do cheiro e do som. E nesse segmento surgem também as provas de amor. É provavelmente das matérias mais difíceis provar o amor que surtimos por outrem. Arranjar forças e formas físicas - ou não - de demonstrar, de garantir a alguém que o amamos e que precisamos muito, muito da sua presença.
Ás vezes não são só os problemas comuns que revertem para as separações. Quando nós próprios não estamos em nós, não nos sentimos capazes, fortes e humanos o suficiente para sequer existir, como é que havemos de ter forças para dispor amor e essas provas para com alguém? É por isso que digo que o primeiro amor tem de ser o amor-próprio. Há alturas da vida em que vemos das coisas mais bonitas, realistas e dolorosas de sempre sobre o amor. E é isso que tanto me apaixona e assusta nele. A sua imprevisibilidade, a sua rapidez fugaz, a sua dinâmica, intensidade e todas as partículas que o constituem e que nós não dominamos.
Ás vezes há que aceitar e saber esperar. Porque ao contrário do que defendia até agora, nem sempre quando se termina é motivo para nunca mais se voltar. Ás vezes precisamos de nós, de nos sentir de novo humanos e é exactamente aí que devem entrar as provas de amor da outra pessoa. Não quando estamos bem e felizes, mas sim quando estamos tão perdidos de nós mesmos que só através da visão daquele que amamos é que nos conseguimos encontrar de novo.
Ás vezes não são só os problemas comuns que revertem para as separações. Quando nós próprios não estamos em nós, não nos sentimos capazes, fortes e humanos o suficiente para sequer existir, como é que havemos de ter forças para dispor amor e essas provas para com alguém? É por isso que digo que o primeiro amor tem de ser o amor-próprio. Há alturas da vida em que vemos das coisas mais bonitas, realistas e dolorosas de sempre sobre o amor. E é isso que tanto me apaixona e assusta nele. A sua imprevisibilidade, a sua rapidez fugaz, a sua dinâmica, intensidade e todas as partículas que o constituem e que nós não dominamos.
Ás vezes há que aceitar e saber esperar. Porque ao contrário do que defendia até agora, nem sempre quando se termina é motivo para nunca mais se voltar. Ás vezes precisamos de nós, de nos sentir de novo humanos e é exactamente aí que devem entrar as provas de amor da outra pessoa. Não quando estamos bem e felizes, mas sim quando estamos tão perdidos de nós mesmos que só através da visão daquele que amamos é que nos conseguimos encontrar de novo.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
quinta-feira, 9 de junho de 2011
school school
Ultimamente o tempo tem sido mais do que pouco. Tenho aulas até dia 8 de Julho e a Gala de Homenagem aos Alunos, e dia 20 é apresentação do projecto de final de ano. O projecto tem sido super cansativo, tivemos de criar um serviço de raiz, fazer plano de marketing e plano de comunicação, orçamentos, enfim, gigante. Quando a entrega é já para a semana, mas pronto, está quase terminado. O que me atormenta desde hoje de manhã foi a proposta - que nem foi bem proposta pois ninguém me perguntou se eu queria - de ler na Gala excertos do conto que escrevi para um concurso a nível nacional, na categoria de escrita criativa. Eu e o meu pânico de expor estas minhas palavras ao mundo, dar-lhes voz, movimento oral, aterroriza-me. Por isso não sei se leia eu ou arranje alguém. Por um lado é boa esta apresentação, porque o meu projecto de final de ano vai ser apresentado a um júri e assim treinava ainda mais, mas por outro lado nunca na minha vida ouvi alguém ler algo meu e seria bem provavelmente uma experiência emotiva para mim. Vamos lá ver como corre. E vocês, meus queridos leitores, já de férias?
sábado, 4 de junho de 2011
sondagem IV
Obrigada a todas as 41 pessoas que responderam à sondagem que aqui coloquei com a seguinte pergunta "Gostavas que o blog tivesse facebook?" da qual 46% respondeu Sim, 21% Não, e 31% Indiferente. Devido à pouca adesão ao questionário e o Sim não ter sequer atingido maioria absoluta, infelizmente, não vai ser criada uma página no facebook do D'um detalhe.
Obrigada,
a autora
sexta-feira, 3 de junho de 2011
da autoria de V.
"(...) As pessoas não se habituam apenas às coisas boas, também se habituam a sofrer. Foi o que aconteceu neste caso. As pessoas apaixonam-se, ficam inseguras e nestas situações sacrificam até o próprio bem estar psicológico por amor. E a vida é curta demais e boa em demasia para ser sacrificada com gente que não nos ensina nada, nem nos dá o amor que merecemos. E não são apenas as mulheres as vítimas, conheço outro caso no presente - que me parece perdido - em que é ela a pressionar, a humilhar, a dar ordens, a controlar a relação. Eu sei que há algumas adolescentes a lerem este blog. Nunca se esqueçam que vocês estão em primeiro lugar e que não há amor no mundo que valha a pena, se não respeitar o vosso corpo, as vossas opiniões e escolhas, os vossos sentimentos e, acima de tudo, a vossa liberdade."
quinta-feira, 2 de junho de 2011
do pequeno ao grande, talvez.
Nós temos o tamanho que queremos. Somos grandes ou pequenos consoante aquilo em que ambicionamos, desejamos, as nossas capacidades... Mas temos também o tamanho que nos encaixa melhor. E um coração não preciso de ser pequeno, se nos formos pequenos. Podemos ser os mais baixinhos do mundo, e ter um coração que nos transborda. E é essa a beleza dos tamanhos que não se medem aos palmos - a capacidade de conseguirmos ser sempre maiores do que julgávamos mas também a velocidade com que regredimos e nos tornamos tão minúsculos.
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