sexta-feira, 29 de outubro de 2010

away away

Ainda que fim-de-semana prolongado seja sempre magnifique, este esperasse com algum trabalhinho. Tenho de iniciar o trabalho sobre a imagem institucional da Benetton, dar uma passagem no do Acidente do Golfo do México (tema que não lembra nem ao menino Jesus) e uma revisão na matéria para o teste de Publicidade. Mais tarde irei pedir sugestões para um filme que tenho de produzir, está bom? Eu depois explico melhor.
Bom Halloween!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

killing me.

Eu queria ser forte. Queria ter força interior suficiente para agir, e provocar admiração por mim nos outros. Que o meu namorado dissesse ás pessoas que o rodeiam, de coração a transbordar de contentamento, o quanto sou lutadora e não me deixo ir abaixo com facilidade. Mas eu não sou sempre assim, e acabo por me desiludir. Gostava de não dar tanta importância ás situações e não ter este horrível defeito que é ver sempre os dois lados da moeda. Ser prática, vendo somente o meu lado da questão e não me preocupar tanto com os outros envolvidos, com as diferentes perspectivas, não permitindo assim que sejam esses afectarem-me mais. Mais do que aquilo que dói no meu peito fraco. No fundo, talvez queira também dar-me com pessoas melhores. Não digo pessoas como eu. Mas das que não procuram conflitos, que se deixam estar e se dedicam ao que é realmente importante.
Entrei nesta nova etapa da minha vida (à um ano atrás) muito anti-amigos e muito mais trabalho. Mas as relações e os laços - por menos alimentados que sejam - são definitivamente inevitáveis. Até que, verdade seja dita, é muito difícil viver sem eles - quanto mais, no sitio onde passamos maior numero de horas dos nossos dias. Mas é preciso ser realista e saber escolher. Mas há também que entender aqui, que se estiverem numa ilha consideravelmente limitada, com um certo número mínimo de pessoas, dificilmente conseguiram não ter qualquer contacto com uma/duas delas. - passo o exemplo. Talvez eu não saiba bem o que procuro, e a verdade seja essa. Percebi que os laços dificultam o trabalho, mas a falta de laços prejudica o ambiente. Entre outras divergências, a nossa motivação escorre, porque não tem sequer uma troca de interesses ou de execuções com outrem. Há uma sensação de abandono, que por mais que seja o amor à arte, sozinhos não evoluímos. Talvez haja quem consiga trabalhar bem assim, mas eu não. Tal como não o consigo se der muito valor ás relações estabelecidas nos locais onde estudo, porque me distraem. Preciso então de um meio-termo. E o problema é esse, nem eu sou suficientemente forte para ignorar nem o dito meio-termo é possível no local onde me encontro.

bad bad

Há dias maus e insuportáveis, que para nossa sorte, têm mais de 24 horas.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

51.

50.

liberté

Eu peguei com todo o cuidado naquele amontoado de folhas espalhado pelo chão humido, folhas dignas dos finais de Outono. Peguei-lhes com a destreza de ter o mundo nas mãos. Aquecias com o aconchegar dos meus dedos, encostei-as ao meu peito para que soubessem o que era ter vida. E elas mesmo assim voaram. Voaram destemidas, sem lamentações, sem despedidas. Como se fosse a sua essência, como um autêntico instinto. Enquanto as olhava esvoaçarem, ouvi-as cantarolar, muito baixinho com uma voz bastante aguda. Disseram-me felizes que eu podia ter essa dádiva que é a vida - tal como todos os outros humanos - mas elas tinham uma liberdade inigualável, aquela que nós nunca alcançaremos com a vida que levamos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

tropeço.

Demorou, mas não o suficiente para morrer sem me aperceber. Percebi a enorme asneira que porventura andava a fazer - percebi que mesmo sem dar conta voltei a olhar só para o meu umbigo. Por vezes para demonstrar as nossas boas intenções escolhemos as acções erradas. E acho que foi isso que aconteceu comigo. Quero tanto o melhor para ti, que acabo por só te fazer andar para trás. A verdade, e aquilo de que realmente me apercebi, é que tu já não precisas assim tanto de mim. E isso sempre me soou tão estranho, que, agora que é uma realidade, os meus olhos nem o quiseram enxergar. Há muito que deixei de ser eu o motivo da tua felicidade, e eu fui convencida ou ignorante o suficiente para demorar tanto tempo a ver as coisas como elas são. Deste o passo que eu sempre desejei que desses, e eu, cega e surda não percebi. Preocupei-me mais com o negativo do que com o positivo. Estás a fazer a tua vida, à tua maneira tão "especial", mas estás. E eu cheguei à conclusão que não te quero de todo arrastar. Tenho muito orgulho na força que estás a ganhar e lamento, sinceramente, o travão que tenho sido.

sábado, 23 de outubro de 2010

17:00


Eu gosto de percorrer os meus dedos por entre o teu cabelo. Gosto quando o deixas crescer, porque adoro agarra-lo, cheira-lo e puxa-lo. Gosto da tua estrutura óssea. Gosto de explorar cada linha que te desenha o rosto. Gosto muito da textura da tua pele. Gosto dos teus olhos e de me perder neles. Gosto das certezas e das dúvidas que me oferecem, e adoro quando me presenteiam com lágrimas reais. Gosto das tuas orelhas. Gosto quando me escutam, adoro quando se encostam ao meu peito e o ouvem bater. Gosto das expressões que fazes, mesmo sem notares. Quando observas algo, quando estás contrariado, quando tentas em vão disfarçar o que sentes, até quando dormes ou estás feliz. Gosto, gosto do natural que tu és. Do especial, do particular, do trabalhoso que porventura possas ser. Há realmente muita coisa que gosto em ti. Na verdade, adoro. Adoro(-te) mesmo.

check-out


Meus desejos nefastos, tresloucados, desvairados e rigorosos. Meus sentimentos urbanos, pecadores e caprichosos. Minhas emoções excêntricas, desalinhadas, desvairadas e nada apaziguadoras. Minhas sensações mundanas, arrepiantes, vaidosas e com calafrios. Meus sonhos desavergonhados, descabelados e imaturos. Minha realidade de desejos, sentimentos, emoções, sensações e sonhos.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

drive drive

Nunca pensei que fosse possível uma pessoa ficar tão farta da condução. Já perdeu a "graça" toda. Estou mesmo a ver que quando acabar de tirar a carta não volto a pegar num carro!

sábado, 16 de outubro de 2010

20:12

pensamentos vastos.

Tem graça isso do egoísmo. São tantos os que se dizem solidários, preocupados primordialmente com o bem-estar dos entes queridos e depois com o seu. E mais engraçado que isso, é ser preciso viver certas experiências para entendermos o quanto isso é falso. O quanto, no fundo, nos preocupamos com nós próprios acima de tudo quando a vida nos aperta ou nos encosta contra a parede. Porque quando dói, doí-nos a nós. É como se costuma dizer: as piores dores são as nossas. E por mais que saibamos dos problemas dos outros e haja preocupação, não sofremos tanto assim. Falamos muito. Como diz o cantor «os problemas dos outros são tão fáceis para mim». Mandamos palpites, numa postura de seres sábios - de quem naquela situação saberia exactamente o que fazer. Mas não sabemos, de todo. A verdade é que somos sempre ignorantes até ao momento em que nos acontece a nós.

da autoria de Monteiro Lobato.

«Um país se faz com Homens e livros.»

before.

A paz balançou-se calmamente. Entre leves brisas transparentes, purificadas, com cheiro a pétalas de rosa. Os cabelinhos esvoaçaram uma vez ou outra, enfeitiçados, como raízes muito finas entranhadas na terra molhada. Soou o sino da igreja lá bem no alto, potente, mas num ecoar que desvanece. Chegara a hora. Foram limpas desajeitadamente as bainhas do vestido branco, volumoso, como que da realeza. E os passos foram largos, alegres, porém nervosos. Subira os dois degraus, sentiu-se feliz e exactamente onde deveria estar.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Le pink


challenge challenge

Eu nem sou muito de fechar os olhos a desafios, mas há alturas em que não podemos ter mais olhos que barriga e avaliar a olho nu as nossas capacidades e prioridades. Teria sido um projecto de todo interessante, mas tive de levar a mão à consciência e desistir dele. Não estou desiludida comigo, tenho coisas à frente de outras - não necessariamente por serem mais importantes - mas porque é o futuro que muitas vezes está em jogo. E eu nesta altura do campeonato não me posso aventurar em situações em que não tenha certeza de que vão correr bem.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

bird words

Há dias em que as palavras esvoaçam pelo infinito dos céus e é muito difícil captura-las. Tê-las de novo no nosso leito, no lar, na maternidade da sua bela existência. É difícil prendê-las numa gaiola - como pequenas aves - para que, quando necessárias, as tivéssemos à disposição. Mas se há porventura aves ás quais elas são idênticas, são-no ás aves-migratórias. Elas morrem se ficarem enjauladas à espera de funcionalidade. Precisam muito da sua própria liberdade de expressão. É louco, não? Pensar nas palavras como pássaros capazes de se alentarem a eles mesmos. Mas é assim que as vejo. Insatisfeitas, sempre necessitadas do perfeccionismo. Dos louros quando bem elaboradas. Das penalizações quando o erro é superior à intenção. É uma metamorfose particular. Única e muito bonita. A formação pormenorizada das sílabas, a construção da palavra e a conjugação frásica. Não é mais do que uma dança. Uma valsa, um enlaçar de experiências e significados. Um acasalamento puro, sem maldade, sem promiscuidade, apenas simplicidade. Cada acento que as acentua ou minimiza, cada pontuação que lhes dá continuação ou as termina. É tudo uma melodia. Ou talvez, muito mais que uma melodia. Uma digna constatação de um facto duvidoso e sujeito a alterações. Das mais doces com chuviscos leitosos, ás mais amargas com tempestades esbatidas.

o dia em que te esqueceste de mim.


Tu não fazes a mínima ideia do quanto é difícil manter esta relação, a força que é necessária para fazer os dois papéis. Não imaginas o quanto tu és ausente do que supostamente seria um «nós». Não sabes o que é não conseguir comer ou dormir por angústia no coração. Tu deitas-te e dormes num sono profundo, completamente longe de sentir o que é peso na consciência. Tu simplesmente não te importas. Não me ouves, não olhas sequer para mim. Eu queria muito que isto funcionasse, queria que a tua mente não se mostrasse tão machista e altiva. Que te abrisses comigo. Que não pensasses mil vezes antes de falar, queria que fosse automático como é comigo para contigo. Eu conto-te tudo o que sinto, penso e faço. E tu afastas-te, não querendo dar o teu contributo por inteiro a esta relação. Tens noção do quanto dói? Já lá vão os tempos em que eu me sentia segura. Agora tenho sempre medo e tremo com muita facilidade. Não tenho sequer nada por onde me agarrar. Cartas tuas ou memórias de grandes momentos nossos. Tu simplesmente metes-te a ti próprio fora de cena. Também gostava bastante de não me sentir mais inspirada e criativa nestas alturas, mas sim quando estou feliz. Poderia sair tudo menos profundo, mas escreveria mais. Porque ainda são mais as vezes que sou feliz do teu lado do que infeliz. Quanto a ti, não sei. Acho que se fosses a escrever sempre que estivesses feliz, nunca pegarias sequer numa caneta. Porque tu nem sequer tentas... Ás vezes nem sei se sabes que existo.
Que ainda estou aqui e que preciso muito, muito de ti.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O almirante I

Serei eu, alma assim tão rude, para merecer tal tratamento? Penso que não. Aliás, de certo que não. Pois se houve vivo ser mais caridoso à pátria do que eu nesta vida, que se levante do assento, que daqui não o consigo ver. Há em todo o meu envolto uma espessa brisa de desconfiança e antipatia. Como se fosse eu o causador de toda essa desgraça que vos ocorre de momento na vida. Pobre de mim, e que injustiça será, se for real este vosso pensamento. Não sou mais do que um curioso amigo, cheio de memórias, que não se anuncia e de estadia rápida. Só quero espalhar a minha história. Odeio estar a mais, ou pior, incomodar aqueles que de todo me são desconhecidos. Sou um penoso homem perdido no tempo. Porventura até acharam o meu dialecto um pouco antiquado, e por isso mesmo, peço perdão. Mas durante muitos anos fui almirante no mais belo farol, do mais belo cais. Relembro muito bem, todos os dias quando encosto a cabeça à almofada, esses gloriosos tempos em que eu descia as ruelas para o porto. Ainda mal o sol tinha aclareado, já eu vislumbrava todas aquelas janelas coloridas das casas dos pescadores. Sonhava também eu ter um pequeno pedaço de paraíso como aquele, que me acolhesse nos dias mais frios. Mas o que tinha de mais parecido com a antiga casa de Adão, era o meu querido farol e toda a sua imensa vista para todo o oceano. (...)

domingo, 10 de outubro de 2010

LisbonFashionWeek

Acabei agora mesmo de chegar da ModaLisboa. O ambiente era caótico mas repleto de estilo. Os media estavam em força e vi imensas caras conhecidas - como a Fiona, com a qual fiquei entusiasmadíssima - e alguns bloggers de moda. Conclusão, gostei, gostei muito.
ver aqui e aqui a apresentação dos dois designers de moda a que fui assistir.

october october

Na manhã de ontem teve lugar as primeiras compras mais quentes - esperava eu. Mas tenho a admitir, que sinceramente e embora seja a minha época preferida para elas, este ano estou muito desiludida com a falta de variedade e relação qualidade-preço. Mesmo assim ainda comprei um perfume adorável e uns ténis - que mesmo não sendo bem o meu estilo - me faziam imensa falta e "teve que ser".
Esta tarde esperam-me dois desfiles da ModaLisboa, estou ansiosa. Depois conto como foi, au revoir!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

21:49


Eu gosto do ecoar da tua voz, do quanto é serena e pouco melódica. Mas mais do que isso, gosto da forma, da força, da paixão alucinante que nela carregas quando prenuncias o meu nome. Gosto de a prender no meu ouvido, como um eco interminável nas mais altas montanhas. É adorável e viciante. E soa tantas vezes quase como um elogio só pelo simples facto da tua voz grossa conseguir ser tão doce quando chamas por mim. Quando me abraças e soltas um leve miado. Um grunhido acanhado de conforto e satisfação. Quando me acalmas as batidas desreguladas do medo, o quanto a tua voz estática natural se altera para uma breve canção ritmada na perfeição. Como um sopro sem vento que acalma e trás a paz ao meu peito. Um dia, meu amor, guardarei a tua voz numa caixinha de música, para que só eu, e para sempre, a possa ouvir.

feeling feeling


Embora tenha passado as aulas da manhã quase a dormir devido à falta de horas de sono, ao mau tempo, à aula de condução ter corrido horrivelmente, e ao ter chegado pela segunda vez à tal loja e não haver os dois artigos que tanto queria; cheguei a casa com uma boa sensação. Ultimamente as pequenas coisa têm-me sabido melhor que as mais arrojadas. E hoje, foi sinceramente mais um desses dias.

sábado, 2 de outubro de 2010

just the way you are.

Os olhos dela parecem estrelas e os seus cabelos ficam-lhe perfeitamente, mesmo sem ela se esforçar. Ela é tão bonita... E eu digo-o todos os dias. Eu sei que quando a elogio, ela nem sequer acredita. E é tão triste imaginar que ela não vê o que eu vejo. Quando eu olho para o rosto dela, sinceramente não há nada que eu mudasse. Porque tu és maravilhosa, exactamente como és. Quando sorris, o mundo inteiro pára só para te ver. Eu beijaria os lábios dela todos os dias se ela me deixasse. Ela odeia a sua própria gargalhada, mas eu acho-a tão sexy. Tu sabes que eu nunca pediria que mudasses. Se a perfeição é aquilo que procuras, então basta continuares igual. Portanto não te preocupes em perguntar se estás bem, porque tu sabes o que vou dizer. Porque tu és maravilhosa, tal e qual como és.
música de Bruno Mars, adaptação minha em texto.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

da autoria de Tyra Banks

" Ás vezes perdermo-nos, é a melhor forma de nos encontrarmos."

Parabéns D'um detalhe

Ontem o meu querido D'um detalhe fez 3 ANOS!
Estou muito contente e nada arrependida da sua criação. Obrigada também a todos vocês, meus leitores, que me motivam a continuar por aqui.