quinta-feira, 27 de novembro de 2008

secreta relação.

Já não sou apenas filha, neta, sobrinha, afilhada, irmã, prima, bisneta, amiga, melhor amiga, até em tempos fui namorada. Agora sou amante. Cometo um pecado mortal, discreta vitima de comentários monstruosos, de sorrisos falsos de pensamento ocupado em vocabulário reles e popular. Sou a «outra», a cúmplice de um homem na ajuda mutua de o tornar infiel. Apenas tendo como beneficio receber calor e o proporcionar de prazer corporal. O sentimento deixa-mo-lo de fora das 4 paredes que nos encurralam. Mas historias destas não têm bom final, por mais imparcial que nos queiramos, acabamos por nos envolver. E com isso, gostar. Não é amor verdadeiro, é o leve gostar dele, do que sinto, do querer fazê-lo sentir cada vez mais. Continuas a ser comprometido, tens dona. Eu sou apenas a que usas para divertir. E eu faço o mesmo contigo, mas estou só. O desejo agora já não consegue vir, sem ser acompanhado do ciume e da vontade de vingança. De contar a quem tu "pertences" que a traís, e comigo. É problemático, não te quero com alguém, só comigo. Mas também não quero que sejas totalmente meu. No fundo, acho que procuro de novo os nossos primeiros tempos. Quando o carinho e o sentimento de sermos descobertos, picava na língua e adoçava os nossos momentos.

escolhas precipitadas

Não deixem os ponteiros do relógio parar, eles ainda têm muito que girar. Reviver, cantar e contorcerem-se, porque o que não mudou ontem, não muda hoje. E se o desejo ontem era nulo, hoje a tentativa será em vão. Vossos narcises ainda ontem eram pequenas sementes, e hoje, não continuam iguais? Num dia apenas á espaço para a mudança relativa de opinião, nunca, horas suficientes para a mudança das filosofias de vida.

Breve tempo que acabou.

Calculei as memorias veranescas tuas, com a liberdade que o coração aberto inspira. Tentei multiplicar, inclusive até somar, todas as palavras e detalhes da tua personalidade que me ofereces-te e as que fui desvendando ao passar dos meses. Fez-me sorrir, curiosamente, em como tudo parece calor ao principio e acaba frio. Dei o salto da altura certa, não desmanchei o meu castelo de areia nem pisei a tua margarida que vai crescendo mesmo ao lado. Talvez uma torre de areia tenha desmoronado - mais uma das que por vezes descai - mas com o tempo as reconstruo. Por vezes faço que o Verão se alargue mais do que o suposto. Não é arrependimento. É o aperceber do descontrolo intimo, que acaba em sabor de langerie. Mas mantenho-me disposto a um novo Outono, com a sede do verão e a seriedade da primavera, embora todos os sopros, bem agastados do gelar do teu inverno.
este texto foi escrito a pedido de um amigo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Decrescer.

Sempre vi em ti como frase característica "sou muito mais do que aquilo que dou a conhecer", e não me enganei. Só que ao contrário do que esperava, o lado negativo desta vez sobressaiu primeiro. E desiludiste-me. Os teus "nãos" eram afinal reles palavras que dizias por dizer, não tinhas certeza neles, apenas os ditavas vezes que se perderam nas contas.
Como tantos outros, ainda tens de crescer. Muito que provar aos que vêem algo diferente em ti, para não os magoares com as acções inesperadas. És livre, não és um prisioneiro como eu. Não és o herói mas também não és o mau da história. És o rebelde que ainda faz o que quer por ser da sua personalidade, e mais que isso, da sua imaturidade.
Quantas foram as vezes que me disseste "Já te começo a conhecer um bocadinho". Ainda foram algumas. E não mentias, conheces de facto um pouco de mim. Mas não contemplaste os meus traços próprios e únicos, horas suficientes para saberes que havia momentos nossos que levava a sério. E sei que tu também, mas não passavam de conversas. Não as aproveitavas para aprender um pouco mais sobre a razão porque o meu mundo tem a cor que tem.
Não sou tão transparente como pareço, mas há estações em que o sol não tem intensidade suficiente para me proteger. E então, sou descoberta e tardiamente voltarei a sentir calor, aquele que mostras-te ter e eu, ingénua, julguei ser suficiente para nós. Percebendo apenas hoje como teus raios são tão pequenos, que apenas atingiram meio coração. Que enganado imaginou vir um dia a crescer, contigo.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bruninho '

" Nunca te tinha mostrado este meu lado sentimental (...) Pode parecer parvo mas és a única rapariga com quem não tenho vergonha de falar sobre isto (...) eu sei que tu percebes estas coisas que te digo e por isso és diferente, (...) tu és mais queridinha. E como não me estou a ver a falar com os rapazes sobre isto tenho de desabafar com alguém, e essa pessoa és tu."
Apenas digo, que faço o «sacrifício» com todo o gosto. (:

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Escrito por SaraMaduro. (para mim)

Sorrizinho pequenino
Esse olhar vidrado
Onde está o menino
Que agora foi mudado.

Pequenino coração desfeito
Por alguma coisa sem razão
O desprezo ainda faz efeito
E dá aquele efeito de ilusão

A flor está a murchar
Mas eu levo-te água
E o sentido vai mudar
Essa mágoa vai apagar

Já cresceste?
Tens a certeza?
Já conseguis-te?
Já tens firmeza?

Ainda bem, acabou
O sorriso está a voltar
A magoa terminou
Vou continuar a ajudar

Prometes não voltar a murchar?
No caso de acontecer
Quero-te apoiar
Não te deixo apodrecer

Porque de flor vais passar
Sim?
A Planta vais chegar,
Por mim?

Por isso volta a sorrir
Para continuares a florir.

Good day.

Fresco o teu olhar. Saudável mas petrificante, como a cor da casca da laranja e as letras soltas que escreves-te nela. Na manha fascinante a seguir ao sono, após a recolha diária de magia infantil. E embora criança, a autentica satisfação psicológica. Que até a joaninha verdadeira sob a planta falsa, esboça um sorriso e aquece o sol. Hoje já não chove..

terça-feira, 18 de novembro de 2008

infeliz mudança.

Mentalizei-me da certeza do teu regresso.
Nunca, que o som tenro da flauta que te acompanhava se perde-se. Se extinguisse. Estás aqui, é verdade, mas não és a mesma. O corpo permanece intacto, mas a alma que outrora foi tua, já não transmite claridade, simplicidade, um cor de rosa digno dos contos de fadas. Agora pareces farsa, a boa actriz que mente e disfarça bem. Já não emites o brilho que sempre te caracterizou tão bem, e a ingenuidade, pareces nem sequer saber o significado da mera palavra que se sentia nas tuas mãos. Tens "bagagem" em cima dos ombros e nesse coração. Pouco falas, nada escutas, já nem choras por medo do amanha. Hoje pareces esgotada, velha por dentro quando ainda és tão rainha por fora...

esperar que chegues.

Esta canção que te canto, era a que cantariam as borboletas que tens na barriga num feliz dia de Verão. Antes de ela ter partido, e não ter voltado mais para casa. Ela nasceu para dizer que te ama, até o sol se pôr, para alem da meia noite. E agora, nos teus longos momentos tão solitários tu esperas a chegada dela a casa. Aguentas a espera mias um bocadinho, e mais outro, porque sabes que ela, se foi realmente feliz, voltara para casa. Um dia.
Escuta então bem a canção que te canto hoje logo pela manha, e podes até canta-la comigo ... Eu disse-te, era ela a mulher certa, a ideal para ti. Vocês continuaram juntos para sempre até o sol se pôr e para alem da meia noite. Porque tu fizeste-a feliz, e ela voltará para casa quando a saudade e o amor renascerem. Ele entrará por aquela porta, apenas para dizer mais uma vez, que te ama como gente grande. E agradecer por não teres mudado a fechadura e lhe trancado a porta.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

certainly.

« neste caso podes ter acertado, mas á uma coisa bem certa: quanto mais conviveres comigo, e mais o tempo passar, chegarás no final com a conclusão de que afinal, não me conheces assim tão bem. verdade. »
Mafalda Macedo

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

a tua parte.

Quem és tu? Tenho a sensação de te conhecer, de algum lugar, uma parte do mundo - o meu mundo - será possível? O teu sorriso é-me bem familiar, tal como o teu jeito maravilhoso de estar, e o coração traquina mas capaz de mudar o mundo - o meu mundo. Sim, eu conheço-te. És o rapaz que amei nos últimos tempos. Aquele com quem partilhei momentos apenas e só bons, cheios de atrevimento e beijos, tão doces. Os nossos corpos já ansiaram ser apenas um, já desejaram um pouco mais de chama, a suficiente que aqueça o mundo - o meu mundo - inteiro e duma vez apenas. És pura diversão, satisfação. Por vezes, dias sem te ver, sem receber um sorriso teu, uma troca de olhares, um telefonema. Outros, pequenos conjuntos de minutos que parecem ser o melhor que o mundo - o meu mundo - me pode oferecer. Quero o teu cheiro, a textura das tuas roupas, o teu sabor de novo, neste mundo que digo ser meu - mas já não existe sem essa metade do teu.

domingo, 9 de novembro de 2008

amando.

Um coração "limpo" perde valor, um cheio ganha prestigio.
« aquela ama » , « aquela não ». A primeira terá respeito, a outra a solidão. Porque quem está só é usado, e quem não está é admirado.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

és tão.

Pára... deixa cair os braços. Alivia a pressão. Fecha os olhos, sente as pestanas aguarem. Elimina os sons á tua volta, concentra-te no silêncio do fundo. Respira o melhor dos odores, aqueles das flores selvagens. Fica assim. Uns minutos. Consegues? Depois quero que leves as mãos ao rosto e lhe toques, sem limpar as lágrimas que começaram a cair entretanto a escorrer. És bonita, não és? És prisioneira e livre. Abre por fim os olhos, e aí enterra-os nos meus... Já me entendes?

miss u.

- Desculpa não ter estado (...), desculpa-me.
- Não temos de continuar com isto, se não quiseres baby.
- Não não ! Desculpa.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

relação temporaria.

Não esperava, garanto que não estava a espera que fosse tão rápido. Apanhaste-me num dos piores momentos da minha vida, começas-te devagarinho. Até que um dia aconteceu. Nunca esperei um dia ser capaz de o fazer, afinal tu... mas o chocante não foi a 1ª vez. Foi a continuação, ao longo das semanas, era cada vez mais intenso, e os sentimentos foram confundidos. Ficas-te baralhado, sentias por ambas, mas de mim sabes que não terias a estabilidade, ainda não consigo, ainda não quero. E tu paras-te ... onde estás tu agora? Eu não sei. Não me respondes ás mensagens, e o telemóvel parece ter sido esquecido pois já não me atendes os telefonemas. Na escola e na rua, passamos ao lado um do outro, fugindo não nos vermos. Mas se o olhar é trocado, o mundo pára. E baralha-se novamente. Não sei como queres que sejam as coisas a partir de agora, se continuarei a esperar pelo trocar de beijos ás escondidas como foi todo este tempo ou se esqueça tudo, e siga a minha vida e tu a tua. Não condenarei nenhuma escolha tua, a minha já eu tomei. Estou disposta a continuar a cometer o crime, mas apenas enquanto ele foi ligeiro... Por mais bem que me consigas provocar.