sábado, 20 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
adeus, até breve.
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mesmo tendo plena consciência de que para ti não seria um até breve, e sim um simples ... adeus. Sem meias palavras ou intenções e sentimentos escondidos nas entrelinhas. apenas adeus. «mais uma, no meio de tantas» dirias-me tu se tivesses coragem. mas esqueces-te das infinitas vezes em que me disseste que era linda, que te sentias tão quente quando me vias passar ... e das infinitas vezes que me olhas-te bem fundo enquanto falava e dizias baixinho "Beija-me..."
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
boy addict.
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old.
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Ele, é quem nunca sorrio. E não é criança, jovem ou sequer adulto. Já se tornou velho {por dentro, e por fora}. As rugas da velhice já se misturaram com as que foram ganhas pela experiência. Homem tão velho e cansado, a quem não foi entregue o "Final da vida" mais cedo, como sempre desejou.
Em jovem teria dado a sua vida por qualquer um. Até pelo cão que perigosamente atravessa a estrada. Não por bondade, mas por um certo desespero. De tudo acabar, «finalmente». Uma vida desperdiçada, poderá assim dizer-se. Que nem foi aproveitada. Chamemos-lhe assim: o homem que viveu sem viver a vida.
et-oma.
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domingo, 14 de dezembro de 2008
super-human
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Perfect Friend.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
- chama por mim!
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Posso concluir então que a tua sede foi saciada, e a minha, nem metade. Não quando nas situações de amigos comuns, e o segredo era só nosso, chegavas bem devagar e sussurravas-me ao ouvido «não penses que me vou embora sem me despedir de ti...» e o coração aquecia instantaneamente, de conhecer tão bem que brevemente sentiria aquilo que mais lhe dava prazer, o leve amor. Sempre soube que não serias tu o próximo que amaria, eu disse-to. Que não conseguiria. Mostras-te sempre compreender, cheguei a sentir até que também o sentias. Foram quase 2 meses, passados a correr e com intervalos no meio. Mas nos últimos tempos, nada me fez melhor do que realmente ter provado o sabor do risco e de errar de consciência limpa. Por prazer, pela imagem de um possível novo amor. Pois foi isto que tu foste, e infelizmente, ainda és um pouco.
Posts íntimos provocam duvidas por parte de quem me segue, chega até a magoa-las. Mas há coisas que temos de dizer. Coração temos só um, e quanto mais leve for o peso que ele sentir, melhor. Há coisas verdadeiras, outras inventadas. Mas nada é totalmente da cabeça; pois com o tempo, embora jovem, vamos vendo e passando por situações dignas de um filme, dum livro, e de noites mal dormidas a chorar ...
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
António Lobo Antunes.
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- O maior prazer que me dá ter relações com a minha mulher é pensar que durante uma semana estou safo!
E depois pegam-nos na mão no cinema, encostam-se, colam-se, contam histórias sem interesse nenhum que nunca mais terminam, querem variar de restaurante, querem namoro, diminutivos, palermices e nós ali a aturá-las. (...)
Não tenho nada contra os homens: até gosto de alguns. Dos meus amigos. (...) Não tenho nada contra os homens a não ser no que se refere às mulheres. E não me excluo (...). Volta e meia surge-me na cabeça uma frase de Conrad em que ele comenta que tudo o que a vida nos pode dar é um certo conhecimento dela que chega tarde demais. Resta-me esperar que ainda não seja tarde para mim. A partir de certa altura deixa de se jogar às cartas connosco mesmos e de fazer batota com os outros."
sem título.
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revivi sensações.
vivi antigas e novas caras, já todas tão estranhas.
neguei a mim mesma a ideia de chorar
de me olhar ao espelho e comparar, alturas.
Caminhei ainda devagar ao longo do salão
tão antigo, de chão gasto das solas dos sapatos
que o percorrem e em tempos,
das danças que lá se dançaram.
Sim, é isso.
Cheirava-me a musica e antepassados
(mortos?) estou louca.
Lá no fundo, bem á vista embora
o negro piano de cauda.
pouco mas tinha pó
com aparência de artigo esquecido
numa casa enorme, tão mal aproveitada
diga-se de passagem.
Mas mesmo assim insisti,
ignorei as conversas paralelas
o choro do bebé no corredor mais adiante.
sentei-me no banco estreito, igualmente preto...
chamaria-lhe o contras-te ideal, sendo a sala
toda ela em tons tão claros
ser preto, só lhe ofereceria destaque.
Levantei a tampa que protegia o teclado
(do pó?) que má língua...
a sensação era a do costume: naturalidade. é tudo tão normal
tão normalmente natural.
acho seriamente que nunca aprendi a tocar piano,
nasci a saber.
Tocaria qualquer coisa. digam-me musicas, estilos, cantores,
até filmes ou toques de telemóvel
(ridículo, embora seja realmente verdade).
A primeira tecla foi a única difícil,
não fez som. e eu, confesso, assustei-me.
Perdera a firmeza? impossível.
não poderia ter desaprendido
mesmo após anos sem tocar, aquilo era o meu dom
(chamemos-lhe assim.)
Mas logo sorri, ao ver um pequeno dedinho na outra ponta do piano
tão imaturo, tão simpático
a premir-me uma tecla. e o som, fez o dono do dedinho sorrir
e com isso, a mim também.
Tudo o resto, deixo-o em vosso critério ...
apenas digo que aos poucos
silenciei a sala,
e as memorias da casa que tanto pesavam a vasta sala
foram esquecidas nos minutos, a cada nota que libertava.
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