Ele reparou de imediato no corte fundo na sua mão. Os olhos embaciaram-se de raiva e preocupação. Simplesmente não conseguia suportar a ideia de que alguém a magoasse, de que aquelas mãos brancas e frágeis tão bonitas estivessem marcadas daquela forma. O seu interior contorcia-se e levou-lhe as mãos ao rosto. Os olhos dela começaram a lacrimejar, como que um socorro calado saísse de dentro daquele castanho profundo. Era ele o seu amparo, e ela o dele. As palavras não saíam, sentia a garganta seca e um aperto doloroso no coração. Amava-la. Como poderia permitir que alguém lhe metesse as mãos em cima, lhe fizesse mal sequer? Abraçou-a com força contra o seu peito desnudado e por fim, ainda que a voz soasse fria e esganiçada, jurou-lhe que nunca mais ninguém a magoaria. Nunca mais. Ela correspondeu ao abraço e depois beijou-lhe o queixo. Engoliu um ou outro soluçar do nervoso miudinho e acalmou. Por vezes poderia parecer exagerado, mas toda aquela preocupação nele era sem dúvida deliciosa. Gostava de se sentir assim, mimada e protegida. Dentro do bom sentido. E também ela o amava e se perdia nos seus braços. Por fim conto-lhe o que aconteceu, e ele dentro dele, rasgado pela fúria e a dor, jurou vingança. Sentiu aquele golpe na mão dela como se fosse em si. Ou talvez custasse ainda mais, por ser logo no seu bem mais precioso. (...)
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1 comentário:
quando se ama é assim =)
é como qe se as coisas qe acontecem a qem amamos nos tivesse acontecido a nos proprios =O
AMO TANTO os teus textos +.+
beijinho ^^
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