quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

by necessity, by love.

A janela pestanejou. Vira aquela criança crescer, fundir-se das maleitas e prosperidade da vida, dos buracos fundos com que se deparou, mas também cavou e saltou. Vira-a apaixonar-se, por um amor aparentemente impossível, aparentemente saudável. Julgava-o ela. A sua voz alcançou o coração da terra, espremida pelas nuvens altas lá no céu, muito longe da janela, num estado que nem liquido nem gasoso. De semente a montanha, escalou e conseguiu, aparentemente, por causa dessa mesmo amor. (...)

56.

55.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

degostando.

É vasto este lamaçal que nos separa, que nos coloca em margens diferentes e, devido a isso, em mundos diferentes. É insustentável e suportável ao mesmo tempo, se é que percebes a relação. Após moer muito, uma pessoa habituasse a ter réstias, mas também não é capaz de perder ou de se deixar ganhar. É a característica humana em primeira-mão. O primitivo que é o nosso olhar de esguelha ao próprio umbigo, como se fosse um grande direito nosso quando no fundo não é mais que uma forma infantil de nos protegemos. De criar mais um escudo, dos inúmeros já temos a fazer de muralhas da China em nosso redor, que impedem que os outros nos vejam - tal como achamos querer - mas morremos se não virmos os outros mexer. Acreditamos, por ignorância, que não precisamos de ninguém, nem ninguém precisa de nós. Mas a solidão é nostálgica e logo nos colocamos em pontas-dos-pés para alcançarmos o olhar, por cima da nossa própria muralha, para podermos ver os outros e lhes dizer «ainda estou aqui, e no fundo, preciso muito que me venhas buscar».

sales sales

Primeiro dia de saldos, foi o pânico. Não só estão poucas das lojas que frequento em saldos como estavam - e até era de esperar - caóticas. É que aquilo nem dava para respirar. Sei que também não fui a uma boa hora, eram seis da tarde. Nunca se vai ás compras a uma hora dessas em época de saldos, mas hoje estive fora de Lisboa, de maneira que só tive oportunidade agora. Perguntei a uma funcionária da Zara quando se lançavam em saldos e ela disse que só segunda, por isso, só nessa altura volto a meter lá os pés. Como aquilo é quase tudo do mesmo dono, não vale a pena ir espreitar antes. Comprei langerie na Etam e um vestido para a passagem de ano da Blanco. Ainda não adoro ver-me com ele, porque ainda que goste muito do vestido, não estou habituada a vestir peças tão direitas e ele é completamente recto. Mas tenho tempo para me habituar, pronto.

domingo, 26 de dezembro de 2010

21:26

Odeio a tua ausência. Odeio ver as manhãs nascerem lindas mas tão enevoadas por serem sem ti.
Vem, vem por favor, meu amor.Vem de mansinho para dentro dos meus lençóis.
Mascara-te de príncipe encantado, para completares esse coração que já é de tal,
e aconchega-me a ti o mais possível como se fosse o nosso último momento juntos.

pyramid.

Eu rezei de bíblia na mão e Deus no coração. Pedi auxílio nesta batalha, para a subida ao topo da pirâmide com toda a força possível. Não quero escorregar de novo, não quero fraquejar, não quero sentir as pernas tremerem quando a altitude se fizer notar. Preguei de alma transparente aos grandes nomes da historia, chorei com as ultimas lágrimas que possuía, ajoelhei-me perante tudo e todos suplicando esta ajuda. Neste inverno garrido e gélido em que a guerra ainda não saboreou o paladar da pluma que é a paz de espírito. Mas há coisas das quais realmente necessitamos, e eu preciso de ser Vasco da Gama e partir em busca da Índia do meu coração.

Christmas Christmas

Este Natal infelizmente não senti grande espírito natalício, na véspera estava tudo cheio de sono e como este Natal ninguém na minha família recebeu filmes, tivemos de nos contentar à televisão nacional que estava, no mínimo, deprimente. Mas Natal é sempre bom, mas melhor ainda - revelando um pouco do Diabo que há em mim - é o dinheirinho que se recebe para gastar nos saldos que estão quase aí a chegar. Dia 28, right?

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

20:23

Em nome do carinho, da amizade, da compreensão, do prazer, do crescimento, dos bons e maus momentos, da ajuda, do amparo, da protecção, das lágrimas, da cumplicidade, dos degraus que subimos e do patamar que alcançamos, da entrega, do valor, das novas experiências, da alegria, do saudável que é esta relação, da importância, do benéfico, das surpresas, da segurança - mas principalmente em nome do amor e do tempo -... adoro-te, com todo o coração e alma nas palmas das mãos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

desflorando.

As dedicatórias são muitas. São inúmeros os abraços interiores, as promessas, as juras, a confiança. «quando precisares, estarei lá...» dizem. Mas o dia de amanhã ninguém conhece. É a incógnita definitiva. Hoje tens o mundo, e amanhã estás só. Na hora do juízo final, na altura em que é realmente necessária a presença, só se sente o pó. Contas contigo próprio, se fores capaz. Ou então afundas-te. Mar abaixo, emergindo sem ser capaz de regressar à superfície. O oceano é perigoso. Há peixes tão grandes e tão pequenos. Há peixes pequenos que se acham peixes grandes. E há peixes pequenos, que precisam dessa ilusão - de serem grandes - quando que na verdade, ninguém o é realmente.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

desvendando.

A pequena nuvem encobriu o céu inteiro. Pelos vistos não era assim tão grande, a imensidão do céu longitudinal. Roçou no cume, no pico da ilha mais alta do mundo. Fez-lhe cócegas e difundiu a imagem que tinha dela. Não a conhecia assim tão bem, e a verdade é essa. Ama-se muito, mas na altura de soletrar cada letra, falha-se uma. É impertinente, é desastroso e arrepiante a gaguez da situação, a mudez que porventura lhe rasgaria o algodão fictício. A história não tinha um fim destinado. O autor morreu antes de o acabar, se fosse realmente essa a sua vontade, um fim enfeitado ou não. Mas agora ninguém sabe. Nem nunca saberá. Doirá a garganta oca, sem as malditas cordas vocais.

sábado, 18 de dezembro de 2010

descobrindo.

Por vezes é difícil escrever. É necessário músicas bonitas e elas não têm dormido em casa. Os distúrbios são muitos, mas também estabilizam. Também enfeitam a casa de chocolate, junta à lareira, sem derreter. Há minutos que parecem horas, e o coração sente isso mesmo. O tempo quebradiço, depressa e devagar, escalando a montanha mais pequena do mundo - e mesmo assim demora tanto a alcançar-lhe o topo. As coisas são da medida que as fazemos. Apenas se disformam e se torna difícil focar o seu centro, de as entender afincadamente e resolve-las como um mestre à matemática. A casa poderá não ter telhado, mas há sempre duas mãos para proteger a cabeça da chuva. Para não molhar o cabelo quando a mente bem precisava de um balde de agua fria. Há dizeres que são ditos exactamente por dizer. Escrever é difícil. Mas a vida ensinou-me que mais difícil que escrever, é compreender e aceitar.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

creativity creativity

Curiosamente ou não, em apresentações e feitura de trabalhos os meus formadores sempre me disseram que não sou lá muito criativa/original. Que projecto bem a voz, defendo muito bem aquilo que digo, tenho presença, etc, mas no que toca a ser criativa, falho aí. Por isso, hoje decidi empenhar-me a sério no meu novo projecto que consiste na criação de um serviço original (ou seja, inexistente no mercado) e criei uma empresa chamada WomanLine. É uma empresa de telecomunicações, como existe a Vodafone, Optimus, etc, mas com a particularidade de ser só para mulheres nascidas e nacionalizadas em Portugal. Claro que especifiquei tarifários, missão, objectivos e valores da empresa, os 7 P's do Marketing de Serviços, logótipo, etc. Que acham? É desta que me dizem que até tenho ideias giras? Dava mesmo jeito...
Ah, é verdade: pessoas interessadas e queridas que me ajudaram naquele projecto sobre o anúncio televisivo para a Associação Salvador sobre os deficientes motores, tivemos o melhor trabalho da turma! Ainda não sei a nota, mas estou à espera de um 18 p'raí.

sábado, 11 de dezembro de 2010

a minha comfort zone, és tu.

Rocei as minhas unhas no teu casaco de lã. Sintético. Não precisava de ver a etiqueta, eu tenho um sensor para estas coisas. Mas tinha o teu odor, e só esse simples facto me fazia esquecer esta minha louca mania pela qualidade dos tecidos. Encostei o rosto ao teu braço, e inspirei com brusquidão. Oh deus, queria lá saber, se o teu cheirinho era tudo aquilo que precisava naquele momento. De uma essência tua, de algo particularmente teu. Apenas porque me acalma, porque me sossega o peito nestas alturas de mais ansiedade e nervosismo. Melhor que isto, só a tua pele. Longe de filamentos de costura, do cheiro do amaciador da roupa. Sem ela eras só e simplesmente tu. E eu não poderia agradecer mais, nem aquele maldito casaco de lã sintética - se tivesse vida - por ser teu, tal como eu sou mais do que tua.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

gifts gifts

F-i-n-a-l-m-e-n-t-e comprei as duas prendas principais que faltavam (para mim). Encontrei umas malditas botas todas giras na Foreva mesmo como eu queria - ou o mais próximo do que idealizei - e um casacão completamente to die na Zara (mas mesmo assim não era bem bem o que eu sonhei). Tudo a acrescentar ao meu relógio novinho que comprei no El Corte Inglês ainda o fim-de-semana passado.
Mas hoje quero falar-vos do meu Natal, e esclarecer dúvidas que porventura possam ter já que até agora só falei em comprar as minhas próprias prendas de Natal. Ora isto, na minha família, funciona assim: eu, a minha irmã, a minha mãe, o meu pai, a minha madrinha e as minhas duas primas (ás vezes), compramos prendas para nós mesmos e, no dia de Natal, é feita uma reunião de recibos onde se paga os gastos uns dos outros nas prendas de natal. Confuso? Por exemplo: as minhas botas foram 45 euros. Eu ou a minha mãe pagamos na altura, mas depois mais tarde a minha avó irá dar-nos o valor das botas e fica a prenda dela para mim. Eu sei que soa um pouco mal, a materialismo e a sociedade de consumo, e que rompe com o espírito natalício, blá blá, mas no fundo isto só tem vantagens: só recebo o que gosto e só ofereço aos outros coisas que eles precisam de certeza - logo, a satisfação é total. Não temos é aquele factor surpresa (os familiares que apontei, os outros têm porque não sabem as suas prendas) característico do Natal. Aquele suspense de abrir os presentes, porque fomos nós mesmos que os embrulhamos ou os vimos serem embrulhados pelos empregados das lojas. Mas pronto... Ainda não houve ninguém a quem contasse isto que não ficasse completamente chocado e me dissesse o famoso «assim não tem graça», mas tem, porque a minha família é super "festiva", e o espírito natalício transborda. Até porque, meus amigos, o Natal não é só prendas!

sábado, 4 de dezembro de 2010

o que falta?

Temos saudades dos bons dias. Das gargalhadas, das brincadeiras, do amor, da tranquilidade. Faz-nos falta os elogios, as semanas seguidas sem desaforos, os choros de felicidade, as mãos dadas e os beijos consecutivamente trocados. Das noites juntos somente a conversar, da confiança, do requintado e repetido prazer, da suave ausência de ciúme - de dar e não doer o facto de porventura não receber. Transtorna-nos a ausência de sol e tempo. Torna tudo muito mais cansativo, corroído e apressado. Minimiza o valor da presença, ridiculiza o afecto e rebaixa a compaixão. Porque há saudades de certas palavras, da compreensão, do amparo e preocupação. Das dormidas aconchegados, dos olhos brilhantes e carinho ingénuo...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vitoria's Secret Supermodels by Katy Perry ♥


(já agora, alguém me sabe dizer se a Miranda Kerr já não faz parte das meninas da Vitoria's Secret, ou está só ausentada por causa da gravidez?)