quarta-feira, 30 de junho de 2010

21:55

"Every word i write
I'm always thinking about you
Every song i sing
is with you're face painted in my mind.
I need you to realize
How much i need you in my life...
You keep me alive
And ill always fight for you.
Because i love you
And i need you
(...) You are my guiding light
To whats true
thats me and you
forever my heart is in your hands.
(...)
Every smile i make
Is so true because i'm truly happy
.
But i need to to know
That i'll always love and only need you

Only need you
.
"

um fosso em mim.


Tenho um vácuo no meu peito. Um buraco seco e estagnado. Cheira a podre, a bolor, a lixo. É uma cratera funda, tão profunda que não se vê o seu fim. É escura, negra, preta. Expele rancor, ódio, uma mágoa profunda e angustiante. Um vale em que ninguém mergulharia, de tão gélido, de tanta solidão que transmite. Sai do seu interior doente envolveres tristes, auras malévolas, brisas que gemem o seu desconsolo. Há uma insatisfação, uma agonia medrosa, um pânico que tremelica o seu odor insuportável. Em sua volta uma atmosfera intragável, desconsolada, desamparada. É um silêncio bruto que lhe sai do interior. Daqueles que arrepiam, daqueles que doem. Que magoam de tão profundos e inquebráveis serem. Tenho uma fenda no meu peito. É grande e cresce à velocidade da luz do sol - ainda que sol nunca ela tenha sentido. É melancólica, é sombria. É um arrasto para a morte. A morte da pele. A morte daquilo que de melhor há em mim.

Ow! #11

sem Adeus.

A porta chiou forte. Um som garrido e agudo que me fez estremecer. Eras tu abrir a porta da rua, ias-te embora. Parecias sereno, convencido de que não era nada de mais. Só te ias embora. Só te ias embora e me deixavas cá. Fui devagar a teu encontro, mas deixei entre nós um certo espaço. Uma distancia de segurança. Eu não sabia se haveria de fugir ou se correr para os teus braços. Estavas muito agasalhado, de mala na mão e a outra vazia. Fria, como estão sempre as tuas mãos no inverno. Queria abraçar-te, suplicar que não fosses. Mas sabes tão bem quanto eu, que não sou dessas coisas. Que não sou de me expor dessa maneira tão dramática. Poderei estar a morrer por dentro, mas nunca se verá uma lágrima cá fora. Mas tu conheces-me... E o problema é exactamente esse. Sabes que mesmo sorrindo e te deseje uma boa viagem, aquilo que mais quero no mundo é que não partas. Porque um dia sem ti, é um dia sem sol. Disseste-me que não ficasse triste, que não era assim tanto tempo. Deste um passo para a frente, tento alcançar-me, e eu recuei. Não tinha certeza se queria mesmo "despedir-me". Mesmo assim sorris-te para mim e viraste-te de costas para mim, pronto a sair por aquela porta. Agarrei na tua mão fria, beijei-a e encostei-a ao meu peito bem junto ao coração. Disse-te que era só teu e que, acima de tudo, iria sempre estar à tua espera.

terça-feira, 29 de junho de 2010

my summer bag

Então este foi um desafio que coloquei a mim mesma, que é basicamente demonstrar através de photo/text o conteúdo da minha mala no Verão. Lanço este desafio a todas as ladys interessadas. Enjoy! sim isto tem ar de coisas de quem não tem nada que fazer admito

claustrofobia.

Sinto-me fechada, como se as paredes deslizassem e me apertassem cada vez mais. Há um véu de frustração e leve tristeza a revestir-me o corpo. Parece que me colocaram uma ampulheta de areia e não tenho forma de lhe fazer uma pausa. O tempo passa rápido demais e isso asfixia-me o coração impedindo-lhe o ritmo normal. Está cada vez mais lento, mais desgostoso, mais pálido. Não me quero sentir constantemente assim. Eu já me tinha habituado a ausência de lágrimas a cada noite, e agora parece que voltaram em força. Lágrimas guerreiras que me espicaçam os olhos com suas espadas, que não me deixam em paz sempre a empurrarem-me a sanidade com os seus escudos transparentes. Até que ponto somos nós mais fortes que aquilo que nos atormenta? Há um castelo e uma fortaleza a desmoronar furtivamente a cada minuto, e ninguém sabe o quanto lamento que as tuas mãos mais as minhas não sejam capazes de o impedir. Um império não cai se estiver sempre unido. Ele apenas quebra quando laços são distanciados.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

question

Alguém me sabe responder porque é que eu não consigo ver os blogs dos meus seguidores?

holidays holidays

Ainda que quarta e quinta-feira tenha que ir à escola fazer recuperação de um módulo e assistir aos projectos tecnológicos de Marketing da turma de 2º ano... Cá estou eu, no meu primeiro dia de férias!

sábado, 26 de junho de 2010

letters. XI

Querido mar,
não me castigues, ainda que bem o mereça. Nunca mais a minha trajétoria de vida voltou a ser salgada, abençoada pelas tuas águas envolventes. Mas hoje lembrei-me de ti, hoje lembrei-me todas as cartas que te escrevi. De todos os meus pedidos, conselhos, explicações, frustrações, alegrias e desamparos. De vez em quando navega em mim uma onda tua, cá dentro, junta ao coração e reaviva a memoria de este meu antigo amor. É curioso, o que algo que julguei tão forte em certa altura, agora me diz tão pouco. Não será assim o resto da vida? Ultimamente tenho pensado - não muito - mas ainda assim debatido sobre a ideia de contar a identidade deste amor que só tu, meu amado mar, soubes-te. Soa-me a segredo sem fundamento. Mas o medo de reacções malignas atormenta-me. Não foi uma relação legitima, não foi uma relação em que o mundo pôs os olhos. Só tu, eu e ele. Um pequeno segredo que ainda dura. E eu não sei se o cante aos búzios grandes, ou se o mantenha enterrado no teu areal.
em saudade e pequenas dúvidas,
Mafalda

21:45

dona do mundo.

Há primeira vista ninguém daria nada por ela. Alma quieta e calada, é o supremo do comum. Aparência fria como a noite que cai, de olhos castanhos banais. Mas quando poderosamente sai com suas vestes transparentes e fluídas e a música se escuta penetrar no silêncio - ao inicio tão leve e depois com tanta garra. Mel salgado a sua voz, pedras encadescentes o seu corpo ao movimentar-se. Debaixo do luar que a abriga noite após noite, deitada nas pedras irregulares do chão. Quebra qualquer paz ao seu chegar e por vezes parece voar nessa brisa, nesse crepúsculo austero. A vida não lhe poderia pulsar mais. Mulher da rua que não é de ninguém, serra o olhar ao dançar, chora quando não pode mais. Ri-se dos elogios, não houve os insultos gerais. Ganha asas nua, frente a um publico pudico. É dona do mundo. É senhora das noites carnais. Enlouquece quando se abana e remexe, imploram por mais música no seu coração e nos seus pés.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

again, please

Às vezes preciso de renovação... São pequenos detalhes que para mim me fazem toda a diferença, que todos juntos me fazem sentir clean de novo e mais pronta. Uma das coisas é por exemplo o meu e-mail. O facto de ter dois e-mails é confuso, mas não me consigo separar de nenhum deles. Porque um é trabalho, e o outro é mais lazer, friends... E depois o msn, que só tenho um, mas que não sei como vou acumulando um numero ridículo de pessoas adicionadas. Pessoas que só adiciono e dou o mail porque fica mal dizer-lhes que não ou porque temporariamente tanto eu como a outra pessoa precisamos de manter este contacto. E depois fica lá adicionado. E isso incomoda-me, porque faz com que eu não vá ao msn, porque sei que todos vão falar comigo, e isso faz com que eu nem sequer lá apareça. E soa-me ridículo não me sentir à vontade no meu próprio msn, right? Depois é o meu quarto. Eu fiz obras há pouco tempo, tenho o quarto super renovado, moderno, em preto e roxo, não está muito cheio como o meu antigo. Mas farto-me tão rápido... Portanto tenho andado a mandar coisas fora. Sabe-me tão bem! Mas há outras que não dá, que simplesmente não consigo livrar-me delas. Eu não sou de me agarrar a objectos. Tudo o que eu compro, independentemente do preço, não me dá pena de o mandar fora um mês depois. Mas o que oferecem é diferente, ou se aquela peça significar algo. Portanto mantenho-as no quarto, refundidas mas estão aqui. E irrita-me olhar para elas, mas também morria se não as tivesse. E depois a roupa, tenho dado tantas peças a amigas minhas e à minha irmã. Odeio olhar para o armário e ver aquilo, mas também sei que não me posso passar e dar tudo, porque depois fico sem roupa. Mas também se vou ás compras ou não gosto de nada, ou é demasiado caro. E por norma acabo sempre por comprar pouco e pagar bastante, em vez de levar mais e pagar preços mais em conta. Ás vezes nem sei o que compensa... E ultimamente irrito-me com qualquer coisa. Estou muito bem, algo corre mal, é logo um fim de mundo. E eu tenho noção disso, mas não o consigo evitar. God, what's going on? e sinto-me fútil neste momento.

questionário.

1. Signo: peixes
2. Data de Nascimento: 25 de Fevereiro
3. Cor de olhos: castanhos
4. Altura: 1,61m
5. Comprometida ou solteira? namorando
6. Qual é o teu nome do meio? Henriques
7. Se fosses arrastada para uma guerra, sobreviverias? não de certeza
8. Qual é a cor da tua roupa interior hoje? azulão e preto
9. Dormes com a tv ligada? se a tv estiver ligada não durmo de certeza...
10. Consegues escrever rápido no computador? oui
11. Quando foi a última vez que escolheste um duche em vez de um banho de imersão? escolho sempre
12. Com quem é que tu sabes que podes sempre contar? comigo própria, com os amigos mais chegados e com o meu namorado.
13. Estás a beber alguma coisa neste momento? não
14. Falas enquanto dormes? não
15. Qual é a foto que tens no fundo do ambiente de trabalho? um belo de um fundo preto, porque o meu windows está para embirrar e não me deixa meter nada.
16. Tens o sono profundo? nunca tive, acordo com qualquer coisa e depois não volto a dormir.
17. As outras pessoas acham-te atraente? têm dias.
18. Sentes saudades de alguém neste momento? penso que sim
19. Quando foi a última vez que disseste a alguém que o amavas e realmente sentias? à 5 minutos praí...
20. Qual foi o último desporto que praticaste? step (é desporto não é?)
21. Como te sentes hoje? chateada, discuti com a minha mãe.
22. Quem foi a última pessoa com quem partilhaste a cama? com o meu namorado...
23. Alguma vez foste mordida por alguém? fui
24. Alguma vez mordeste alguém? oui
25. Qual é a pior coisa no sexo oposto? machismo!
26. O que está no fundo do teu guarda-roupa? sapatos.
27. Qual foi a última coisa que tiveste na tua boca? han... comida?
28. Qual é a tua filosofia de vida? não tenho nenhuma em especial
29. Com o que é que estás ansiosa? com muita coisa, o meu sistema nervoso é muito sensível.
30. Alguma vez trepaste para uma janela?
31. Quão frequentemente falas ao telefone? praticamente todos os dias
32. O que fazes quando ninguém está a ver? entre muitas coisas: caretas ao espelho
33. Três coisas que reparas de imediato no sexo oposto: cara, cabelo e rabo.
34. Onde está o teu telemóvel? ao meu lado.
35. O que foi a última bebida alcoólica que bebeste? não me lembro ao certo, mas provavelmente vodka ananás & groselha
36. Qual é a tua cor favorita? variantes de rosa, cinzento, branco, etc...
37. Qual foi o último filme que foste ver ao cinema? O sexo e a cidade 2
38. Que música estás a ouvir? nenhuma
39. Quem foi a última pessoa com quem falaste? com o minha mãe.
40. Usas que champô? Pantene para Caracóis
41. Mais velha, do meio, mais nova ou simplesmente uma criança? mais velha.
42. Quem admiras? mulheres de sucesso, pessoas lutadoras e um excelente fashion sense claro.
43. O que é que odeias? ignorância, infantilidade.
44. Se pudesses mudar uma coisa em ti, o que mudarias? o meu medo de confrontos.
45. O melhor tipo de festa? qualquer um, desde que com um bom ambiente e amigos.
46. O que te vês a fazer daqui a 10 anos? Daqui a 10 anos já tenho quase 30 anos. Não quero pensar nisso! Mas espero que a trabalhar naquilo de que realmente gosto e escolhi, uma agenda preenchida e a viver com o homem que amo.
47. Shot? odeio.
48. Filme? Amadeus Mozart - o filme
49. Número? Por mim é o 25, pelo horóscopo e todas essas coisas é o 3.
50. Gelado? de chocolate, e sem pedaços!
51. Já alguma vez fizeste um papagaio voar? muitas vezes, então quando era mais nova...
52. Alguma vez bebeste leite do pacote? penso que não.
53. Curtiste com alguém em frente a uma multidão animada? quem nunca o fez?
54. Já alguma vez amaste alguém de verdade? amei, com todas as forças.
55. Alguma vez caíste duma cadeira? eu sei que parece impossível, mas NUNCA! Tenho um cuidado extremo com isso.
56. Alguma vez fizeste bumgee jumping? não
57. Alguma vez saltaste de uma rocha? já.
58. Beijaste alguém que não conhecias? não.
59. Estiveste perto de morrer? ainda não.
60. Nadaste no oceano? não.. a não ser que a praia conte.
61. Alguma vez levaste pontos? sim, três vezes: queixo e testa.
62. Alguma vez foste hospitalizada? quando tinha 5 anos, e por incrível que pareça lembro-me muito bem.
63. Dia ou noite? dia.
64. Sol ou chuva? sol! Odeio chuva, mas também não gosto de muito calor...
65. Dormes com algum peluche? não... isso era estranho.
66. Já alguém, para além da tua família, te disse que te amava? já.
67. Quantos piercings tens? eu tinha um no nariz que fechou... portanto só tenho os 6 das orelhas.
68. Diz o nome de 5 coisas que estejas a usar: calções, top, fio, pulseira e sandálias.
69. Alguma tatuagem? não, mas gostava, daqui a uns anos.
70. Que tipo de bêbeda és tu? das que chora ou se ri muito.
71. Gostas de ti? se me sentir bonita, sim.
72. Beijos, ou abraços? ambos, mas mais abraços.
73. A última pessoa que abraçaste: o meu namorado
74. A última coisa que compraste: um cai-cai vermelho.
75. A última pessoa que te mandou uma sms: o meu namorado.
74. A última vez que tomaste banho: ontem à tarde
75. És demasiado tímida p'ra convidar alguém p'ra sair? normalmente sim.
76. A melhor maneira para que alguém saiba que gostas dela é...? estar atento, muito atento.
77. Gostas de chocolate? adoro.
78. Quanto dinheiro tens? perguntem ao meu cartão de crédito.
79. Onde te queres casar? ainda não sei, mas tem de ser lindo!
80. Falas alguma língua para além da materna? falo um petit peu de francês fraquinho e ainda mais fraquinho a little bit de inglês.
81. O que queres ser na vida? realizada, em todos os sentidos.
82. Há algum Tiago no teu circulo de amigos? amigos há um, conhecidos há centenas.
83. Beijaste alguém no teu círculo de amigos? sim.
84. Guardas rancor? depende da situação e da pessoa, mas normalmente não.

Day 15 - A song that you listen to when you’re happy

Não posso fazer o de dia 14 - A song that you listen to when you’re angry, porque eu quando estou chateada ou zangada não oiço música, porque só me faz ainda mais dor de cabeça.



Day 13 - A song from your favorite album









os únicos albuns de que gosto de todas as músicas.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

22:53

Não há nada melhor do que matar saudades tuas, meu mar, meu ar, meu tudo.

shops shops

Ou sou eu que estou cada vez mais esquesita, ou as lojinhas da moda estão a ir de mal a pior... 3 centros comerciais, 2 tops corpete só! (e um deles em urgência para esta sexta-feira à noite, senão não morava cá em casa decerteza). Detesto isto.

Day 10 - A song from your favorite band

Talvez esta, não tenho uma grande variedade para escolher porque prefiro solos a bandas normalmente.


E vejam ISTO e ISTO (tenho que me armar desculpem, eu sei fazer o 1º e um bocado do 2º!)

estou muito contente!

Hoje foi a entrega do dito conto para Português de que já devem estar fartos de ouvir falar. E a stora decidiu lê-los em voz alta para todos, na aula. Foi o terceiro a ser lido, e o meu coração parou. É difícil, quando as pessoas - e nós próprios, claro - têm tantas expectativas sobre nós. E os meus colegas têm-nas, esperam sempre algo fabuloso e eu tenho imenso medo de falhar. No fim, a stora olhou para mim e disse "A menina usa muito bem os recursos estilísticos e constroi muito bem as frases. Está fantástico mesmo. Escreve melhor que muita gente que anda para aí adulta, e alguns deles que até se auto-intitulam de escritores."

Ow! #9

terça-feira, 15 de junho de 2010

Day 09 - A song that makes you fall asleep

Talvez eu esteja a levar estes desafios muito à letra, ou então não é o desafio indicado para mim. Nenhuma música me faz adormecer, porque eu de longe consigo adormecer a ouvir música. Portanto intrepertei este dia, como uma música que me acalme...


segunda-feira, 14 de junho de 2010

testemunho.

A descoberta daquilo que realmente sou chegou tardia. Sempre foi tudo muito estranho, muito arrastado e para mim, muito confuso. Eu senti os primeiros sintomas deste "problema" em bem pequena. Provavelmente desde que comecei a falar, a desenvolver este meu lado mais observador a calculista. Eu sempre tive um fascineo pela dor, pelo sofrimento alheio. Eu nunca fiquei triste com o mal dos outros, pelo contrário. Havia sempre um certo prazer...
Em pequena o meu avô chamava-me de bruxa. Eu quando ia ao circo com os meus pais e vislumbrava os acrobatas lá tão alto ás piruetas - não me sei explicar bem - havia em mim uma ténue fome de que alguém se magoasse. Dizia baixinho para mim «cai cai cai cai», e evidentemente que não acontecia. E eu sentia-me incompleta. Ás vezes, diversas vezes na nossa vida aliás, já assistimos a quedas de amigos, desconhecidos, familiares. A primeira impressão de uma pessoa por norma é rir-se, e a segunda é a preocupação. Eu senti-a alivio, como um conforto ao meu «eu» interior. Gostava, acalmava-me o peito ver aquela pessoa dorida e estatelada no chão. As pessoas brincavam comigo ou contavam piadas e eu não ria, odiava desenhos animados, já excepção feita a bonecos estilo "Tommy e Jerry", em que episódio atrás de episódio eles se magoavam e se maltratavam. Eu não sorria, eu sentia-me melhor e satisfeita a cada cena caricata. Os meus pais quando falavam de mim aos amigos diziam que eu era má, mas até era bem comportada. Não gostava que o dissessem, porque eu nunca fiz mal a ninguém. Só ansiava fundo que algo de mal acontece-se. Não me importava se era familiar ou desconhecido. Eu não tinha essa afectividade que os meus colegas da escola tinham pelos pais, pelos irmãos. Quando a minha irmã nasceu, já eu estava na pré-adolescência. Ela chorava muito, e eu adormecia ao som da dor dela. Fosse o que fosse, se chorava era porque estava insatisfeita, se sentia mal, e isso fascinava-me. E aí sim, sorria, adormecia de sorriso de contentamento no rosto. Os meus professores e educadores perguntavam-me se achava bem eu ser tão feliz ao mal dos outros. Eu achava que sim, porque cada um alimenta a sua fonte de felicidade como quer e bem lhe apetece. Eu nunca magoei ninguém, aliás, tenha um pânico incontrolável de fazer mal a alguém. Quando se começou a falar em penas de morte, liberalização do aborto e da eutanásia. Cresceu em mim uma fome maior: Haverá mal pior que a morte? Poderá uma pessoa sofrer mais do que ao morrer? Fiz bastantes pesquisas, e sugeri-as inclusive como trabalhos da escola, para que dessa forma não fosse tão estranho o meu interesse pelos temas. Cheguei a conclusão que eu era a favor de tudo. Da pena de morte, do aborto e da eutanásia. Porque tudo implicava de certa forma, um determinado mal. E cá dentro eu senti-me novamente incompleta, eu precisava de algo mais perigoso, de algo mais sofrido.
Morar num bairro social ajudou-me bastante. Não são muito frequentes, mas volta e meia aconteciam tiroteios ou grupos andavam à porrada uns com os outros. E havia sempre sangue, feridas, membros quebrados. Não me juntava à confusão, ia depois, depois de tudo acabar em tragédia eu corria para ir ver. Beber um pouco desta delicia para os meus olhos que quase os fazia chorar. Infelizmente não tive muitas vezes a oportunidade de assistir à confusão pela janela do meu quarto. Era sempre tudo na praça principal, e a minha janela dava para as traseiras de um baldio. Mas houve um dia em que, por fim, quase ao fim de 20 anos, me apercebi de talvez eu não fosse de todo normal. Algo estava errado comigo, para eu fazer o que fiz. Num desses incidentes, um rapaz foi morto quase a porta do meu prédio. E surgiu em mim uma vontade louca de lhe chegar perto. Tão perto, que lhe toquei. Toquei num corpo morto, recheado de ferimentos, sangue e sujidade. E o facto de ter esse contacto tão directo com aquilo que me satisfazia, assustou-me... Chorei. Não sei de do medo, ou se do choque. Procurei ajuda psiquiatrica. E aqui estou eu, dois anos depois de acompanhamento e alguma leve medicação, a dar o meu testemunho. De uma mulher que aos vossos olhos também será má, mas que continua afirmar, que de má nunca teve nada. Só perigosos desejos.
Rose M.

Day 08 - A song that you can dance to

Não fiz a de dia 6 (a song that reminds of you of somewhere) e a de dia 7 (a song that reminds you of a certain event) porque penso que nenhuma música me lembra um determinado lugar ou acontecimento espeficifico. Nunca ouvi uma musica em particular num local ou altura para que os associasse.

Há melhores, mas pode ser esta.

sábado, 12 de junho de 2010

before the worst.

Sei que já faz algum tempo desde a ultima vez que nós falamos. Por volta de uma semana - parece pouco, mas minutos sem ti são eternidades - que tudo mudou e nós soubemos que nada voltaria a ser o mesmo. O teu coração vazio, e o meu, cheio de dor. Então explica-me como é que chegamos a este ponto... Vamos voltar no tempo, na noite em que nos beijamos pela primeira vez. Era uma sexta à noite, em Dublin. Lembras-te? Estávamos sentado naquele bar, de costas para o mundo, dizíamos tudo aquilo que pensávamos mas nunca ouvimos. Houve uns tempos que não dormíamos a noite inteira, tal como melhores amigos, conversámos até amanhecer e aprendemos a confiar cegamente um no outro. Colocamos as alegrias ao lado das tristezas. Não perdíamos nada com isso, só ganhávamos. Espero que me estejas a ouvir, porque eu não te quero perder. Quero que sintas o êxtase de todas as nossas memorias juntos num só segundo. Sintas a nostalgia como eu estou a sentir agora. Foi na Grafton Street, começava a chover e eu quase me ajoelhei perante ti e te disse que eras a minha vida. Pensávamos que este relação nunca iria acabar, eu tinha o teu nome tatuado no meu coração. Quem poderia sequer imaginar que iríamos acabar assim? Onde foi parar tudo o que conversámos? Como é que é possível que a única hipótese que temos, seja a de seguirmos em frente, um sem o outro? Eu só queria voltar atrás no tempo, antes que atinja limites irreversíveis. Antes que chegue o pior, antes de as feridas sararem, antes que os nossos corações decidam que está na altura de voltar a amar, antes que seja demasiado tarde... Vamos lutar para que tudo volte a ser perfeito, por favor. Nós sonhávamos tão alto, lá em cima nas nuvens. O portão dos céus não é assim tão longe, nós conseguimos alcança-lo, era o que costumávamos fazer... É a (nossa) última chance.

Day 04 - A song that makes you sad

Nada a declarar...

Oh amor.

Eu sempre falei muito de amor, e sempre escrevi muito sobre este tema. Mas no fundo, não gosto nada de o fazer. Divagar sobre o que já está mais do que falado faz-me sentir igual. E se alguma vez fui igual, foi unicamente igual a mim mesma. Há tantos tipos de amor, e ninguém tem o digno direito de fazer os seus próprios juízos de valor sobre acções que outrem tomou quando o tema é amor e amar. Mas o que é o amor?
É como diz a cantora «eu nunca ouvi falar de amor sem uma lágrima derramada», e nunca ouvi defacto. Há sempre uma certa mágoa atrelada a ele, há sempre uma dor, uma memoria triste ou um suspiro angustiado. Se o amor fosse um livro, teria de duas folhas, uma perfeita e a outra completamente estragada. Não andamos sempre a saltar de uma para a outra? Quantas pessoas podem afirmar ter estado sempre tudo perfeito? Penso que nenhuma. E os assaltos à mão armada ao amor, são os mais perigosos, porque dificilmente volta tudo a ser como era antes. O amor é sem dúvida muito vasto. Amor é sentimento mas também é físico. E quem determina o patamar em que se passa do gostar ao amar?
E assim vem a guerra. Que é o que o coração mais faz. Guerreando com a mente por um lugar no topo da razão. Quem ganha? Penso que sim, vence o coração. Porque a razão pode ser óbvia, e inclusive os olhos avistarem o quanto errada é a situação. Mas seguimos sempre o que sentimos. E quanto isso, nem eu sei explicar o porquê.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

32.

31.

30.

29.

28.

27.

há dias assim.

Há dias que nos deixam sós, com a alma vazia e a mágoa na voz. Gastámos as mãos de tanto as apertámos - e se não há palavras, foi sem dúvida de tanto as calarmos. Há uma canção que não te cantei, com versos por rimar e poemas que nunca inventei. Quem nos pôs assim, com a vida rasgada? Quem te levou de mim roubou-me a alma, mas de ti, não sabe nada. Porque há dias assim e não há como esconder. Receia-se as palavras, entre amar ou sofrer. Oculta-se os sentidos, fingindo que não existem. Há dias perdidos... Mas sei que um dia saberás que a vida é uma só e não volta atrás.
música de Filipa Azevedo, adaptação minha em texto.

Day 03- A song that makes you happy

Não fiz a de dia 02 porque não percebi bem essa ideia da ultima musica que gosto, ou lá o que é.

Não é a única, mas sem dúvida que me alegra bastante. E é o meu toque de telemóvel, o grande Stevie Wonder.

sex&city sex&city

E o meu feriado foi festejado com uma ida ao cinema para ver o Sexo e a Cidade 2. O que achei? Não há palavras para descrever, brilhante! Então em questões de guarda-roupa e elenco masculino, faz as delicias a qualquer mulher.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

de autoria desconhecida.

"A morte não me assusta, o que me assusta é a forma de morrer"

a dois passos de uma crise nervosa.

Ora bem, tenho dois dias sensivelmente para fazer:

1º um trabalho sobre padrões e frisos para matemática (divertido, nem me deu já problemas com a minha parceira nem nada)
2º rever o conto de português que escrevi
3º um trabalho sobre a utilização de celebridades/pessoas famosas na Publicidade, que consiste não só na teoria da coisa, como fazermos nós o anuncio de outdoor (que já está feito) e explica-lo.
4º um trabalho sobre as formas que um anuncio (que ainda vou ter que escolher) utilizou para cativar atenção do público.
5º um trabalho sobre as diferenças técnicas de um anuncio consoante o suporte publicitário em que está apresentado, que neste caso vai ser o da Sumol "(...) junta dreads a tigresas, betos a hippies, (...)".
6º uma pesquisa sobre a eutanasia, para o debate que vai haver na turma.
7º enfiar-me em pinturas com guaches para o trabalho da mistura das cores.

Portanto o único que já está concluído é sobre os períodos azul e rosa de Picasso. É bom não é? Nãão.

paint.

Peguei no meu já antigo pincel nº 6 vindo da China de pêlo de marta. É maior que os outros, o cabo, é enorme e é por isso que gosto dele. E também por ser bem que passa de geração em geração. Curioso não? Um pincel... Não é coisa comum. Peguei ainda no frasco de vidro transparente e enchi-o por metade com agua da torneira, e no meu pano velhito outrora branco. Porque hoje em dia de branco tem muito pouco, tem mil cores esborratadas, cores que infelizmente consegui formar uma vez só, e elas perduram agarradas num pedaço de pano para nunca me esquecer que fiz tal cor perfeita. O pincel já tem pêlos espigados, tenho pena, tem a grossura ideal para um meio termo. Nem fino, nem grosso. É mediano, como a vida. Oh triste comparação. Auxiliei-me de 2 cores, magenta e azul, mais o preto. Queria pintar, independentemente do que fosse, do que saísse. Queria pintar, só pelo gosto sóbrio de demolhar o pincel na formula colorida da mistura de duas cores e percorrer papel limpo. Matar toda esta mancha branca que é uma folha sem graça quando nova. Não gosto da ausência. Não gosto da solidão. E é isso que para mim o branco é. Qual paz e serenidade... É vazio e perda. Também eu já fui branca como esta folha que cuidadosamente preencho com variadíssimas cores. Fiz de tudo para mudar isso. E agora sou vermelha. Qual estabilidade, audácia, charme e diversão.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Day 01 - Your favorite song

Não é a minha música preferida, sinceramente não tenho assim uma que ame mais que qualquer outra. Mas coloquei esta por estar na minha lista de preferidas, e por ser o meu cantor a solo que mais gosto.

desafio:

Então cá vamos, este desafio foi-me enviado pela minha Vera e consiste em publicar/postar uma música por dia (durante vinte dias), de acordo com a seguinte lista:

Day 01 - Your favorite song
Day 02 - Your least favorite song
Day 03 - A song that makes you happy
Day 04 - A song that makes you sad
Day 05 - A song that reminds you of someone
Day 06 - A song that reminds of you of somewhere
Day 07 - A song that reminds you of a certain event
Day 08 - A song that you can dance to
Day 09 - A song that makes you fall asleep
Day 10 - A song from your favorite band
Day 11 - A song that no one would expect you to love
Day 12 - A song that describes you
Day 13 - A song from your favorite album
Day 14 - A song that you listen to when you’re angry
Day 15 - A song that you listen to when you’re happy
Day 16 - A song that you listen to when you’re sad
Day 17 - A song that you want to play at your wedding
Day 18 - A song that you want to play at your funeral
Day 19 - A song that makes you laugh
Day 20 - Your favorite song at this time last year

Não vai ser tarefa fácil... Penso que tenha que passar o desafio a 10 blogs mas eu prefiro passar a todos os que me lêem porque acho que é interessante testarmo-nos a nós próprios tão intimamente através da música. Peço, assim com um «va láá» ao Nuno R que aceite este desafio porque tenho muita curiosidade e também porque os nossos gostos musicas não podiam ser mais opostos!

MafaldaM

segunda-feira, 7 de junho de 2010

meninices:

comer antes das refeições às escondidas, cantar músicas infantis, cusquiçes não-maldosas com as amigas, ter o quarto desarrumado, comprar bijuteria, a minha toalha de praia tigresa, peças de teatro e filmes musicais, o que inspira as pessoas, catalogos e fashion magazines, do cheiro dos protectores solares, Picasso e Mozart, cabelos curtinhos e loiros, sic mulher e fashion tv, a minha colecção de fotografias, do meu dinheirinho, Nora Roberts e Torey Heyden, de todas as cores menos laranja e amarelo, um bom romance, pessoas extravagantes, personalidades discretas, de ouvir as conversas das pessoas que vão no autocarro comigo, Orlando Bloom e Matthew Gubler, séries e concursos, curiosidades, aprender, andar descalça, Psicologia e Português, de falar alto ainda que muitas vezes nem dê por isso, debates produtivos, ser maior de idade, pontualidade, comédias, vozes melodicas, inteligência e perspicácia, respostas tortas e sarcasmo, R&B e Classic, tatuagens, piercings e alargadores, House e Indie Rock, saltos altos, a minha Nikon, organização, estética, fashion sites, youtube, Usher e Ludovico Einaudi, leggins/collants, unhas pintadas, padrões e estampados, piscinas, Design e Publicidade. etc

domingo, 6 de junho de 2010

20:46

É essa tua irreverência. Essa tua luz ambígua. As palavras que esvoaçam da tua janela à minha e me aconchegam o amor perpétuo. Por vezes o coração fica tão pequenino perto de toda essa tua imensidão de homem e rapaz. É uma vontade insana de chorar, pequenos medos que evaporam com a chegada dos teus lábios aos meus e tudo é pura magia depois. E essa tua ternura que me amolece de imediato por completo, quando citas cada inesquecível amo-te.

lonely


Ela realmente esteve sempre lá. Ela era perfeita, aguentava os meus acessos de fúria, as minhas angustias, as minhas loucuras, os gritos, as coisas que volta e meia voavam pela casa ou as partia. Tanto chorava no colo dela, como riamos tardes perdidas ou faziamos amor. Mas houve um dia em que ela não aguentou mais esta montanha russa e decidiu ir embora. Eu acordei a meio da noite, senti um aperto, e aí vi que ela já não estava. Não havia o perfume dela no ar e a cama estava tão fria sem ela... Ao inicio julguei que estivesse a sonhar, que era mau demais para ser verdade. Mas era, e eu não conseguia raciocinar o porquê dela ter ido sem me dizer nada. Mas aí eu recuei no tempo, nos tempos intensos que vivemos juntos. Para no fundo tentar perceber o que é que eu tinha feito para ela desistir de mim. E vi, e doeu como pregos pregados nas minhas mãos a sangue frio. Agora, desde que ela foi embora, a minha vida perdeu o sentido. Está o caos sem a paz que trazia aos meus dias. Ela não era uma rapariga como as outras, não era uma namorada como a tua. Ela era realmente especial. Ela ficou sempre do meu lado, mesmo depois de tudo o que eu lhe fiz passar. E o que me magoa mais, é ter-lhe partido o coração. Já vi o mundo inteiro, e nunca conheci ninguém com o estofo para aguentar todas as coisas que ela aguentou. Mas nunca pensei que chegasse o dia, em que ela me deixaria sozinho. Já nenhuma parte do mundo me importa, se em nenhuma delas ela lá estiver. A rapariga dos meus sonhos, a única que me fez feliz. Nunca pensei ser possível sentir-me tão sozinho, sentir este vazio tão grande. Então eu só te peço que me perdoes e, por favor, volta para casa...
para sempre teu, Derek

preto no branco, julgas tu.

Eu queria escrever muito, muito mesmo a ponto de gastar a tinta. Mas eu sinceramente já nem sei o que te diga. Cansas-me. Não a beleza, mas sim o folgo. Fazes-me perder a calma e o meu lado racional. Metes-me nervosa, mexes com a minha concentração e força interior. É isso, o principal ponto que me afectas e eu não deveria deixar isso acontecer. Retiras-me a força, a vontade, a fé de que o que estou a fazer é o correcto. E eu sei que é. Tem de ser. É-me difícil colocar os pés no chão, e tu nada contribuis para me facilitar essa tarefa. Pelo contrario, prejudicas-me. Prejudicas-me com essa tua insanidade, essas perguntas sem nexo, essas mentiras que tornas-te realidade na tua cabeça. E a esperança, que dizes matar todos os dias mas sei bem que está longe de ter um fim. E depois, achas sempre que tudo se dirige a ti. Que qualquer palavra maldosa é pensada ou dedicada a ti. Mas não é. Irrita-me que penses isso. Irrita-me que mais uma vez estas minhas palavras julgues serem para ti, quando podem muito bem não o ser. E não são. Não são porque eu a ti já não sei o que diga. E o quanto eu gosto de inventar, de acrescentar, de baralhar e investir por estes meus lados. Em tempos foste inspiração para mim, mas agora já não és mais. Agora só me baralhas a cabeça, me roubas as ideias e criatividade, mas também me fazes crescer, também me ajudas aperceber do quanto à tua frente estou. Do quanto sei o que é a vida, e tu não.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

da autoria de Sofia Ribeiro.

"Acho que chorar não ajuda, só mostras aos outros que te conseguem magoar."

sucks

Hoje estive a fazer uma produção fotográfica para um rímel da Dior para um trabalho da escola... Fiquei triste com o resultado. Ás vezes temos demasiadas expectativas para uma coisa e ela não funciona bem. Foi um pouco o caso, não estava com uma boa luz e não consegui captar bem a maquilhagem e os olhos azuis da modelo. É nestas alturas que o "A Mafalda tem uma maquina fotográfica profissional, para ela é fácil, assim também eu." me vem à cabeça e enerva. Ora venham cá vocês fazer, para verem como é que é.