De todas as hipóteses possíveis, de longe me surgiu aquela de que tu regressarias diferente. Nunca que a tenra melodia da flauta que expelias se perde-se. Se extinguiu-se. Estás aqui agora, mas não és a mesma. Aliás, eu mal te reconheço. O teu corpo está tal e qual, pacifico, simples, com essa pele clara digna das princesas dos contos de fadas. Mas o teu interior já não. Essa alma toda que outrora foi característica principal tua, já não transmite harmonia e luz. Agora pareces mais uma farsa, a boa actriz que mente e disfarça. Queres muito que volte a ser como antes, mas já não o consegues. Tens bagagem. Que te pesa muito nos ombros e no coração que decerto te partiram. Aposto que já nem te lembras do quanto eras doce e ingénua. Agora pouco falas e quase nada escutas. Perdeste no horizonte, como quem tem muito para digerir e aceitar. Pareces-me tão cansada, velha por dentro quando ainda és tão rainha por fora...
domingo, 15 de agosto de 2010
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