Eu irei sempre falar de amor, porque me lembra de ti. E ainda que já tenhas voado num manto de purpurinas e vento de Inverno, o meu coração ainda se embala de noite ao som das tuas memórias. Tenho um alçapão refundido debaixo da cama, e sempre que o abro ecoa a tua voz, o teu bocejar, o teu riso. A tua voz pinta-me as paredes em tons pasteis nos dias de maior tormento de saudades, e de cores vivas quando sonho contigo e acordo a sorrir. És a primavera no gelado Antárctico e na minha alma também. Do sol luminoso lá no alto e a terra molhada no chão que piso descalça. Eu correrei sempre por ti, amor meu, já que a vida me proibiu de correr para ti.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
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