O coração reparte-se. Entre o livro e o feiticeiro. Entre a cabra e o guião. A mascara cai, lenta e trémula que só ela. Vinga o clarão de luminosidade a uma esfregadela dos olhos, uma dor de cabeça e um palavrão. O coração corrói-se, quente, esponjoso e preto. Preto como a pele que camufla o ser ou não ser. Vêem os navios com os gregos, os cavalos com os troianos, vêm as palavras de outra época e o cheiro que ladra no ar. Humedece a ocasião, num coração que esmigalhado se refresca. Lambe-se a si próprio para uma noção final daquilo de que era realmente feito. Também nós nos deveríamos lamber mais vezes - para nos apercebermos do que está mal em nós, para evoluirmos e termos um melhor sabor.
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