quarta-feira, 14 de setembro de 2011
morte escolhida.
Se o cachecol te aconchegasse verdadeiramente a garganta, não morrerias enforcado. Estarias antes quente, aconchegado, embalado num sono perpétuamente doce. De cheiro a alfazemas, a mel e cerejas congeladas e não a toda essa podridão. Terias os olhos num brilhante azul esverdeado devido à magia e à auto-satisfação e não esbranquiçados. Terias sido mais homem. Mais corajoso senão tivesses morrido. Mas pelos vistos não o eras, ou talvez, nem o nunca tenhas sido.
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