Um dia conseguirei falar de amor como se eu fosse a personificação dele. De tanto lhe ser devota, crente e sua seguidora-mor. Haverá pessoa no mundo que tenha amado e errado tanto quanto eu? Eu fiz destes amores a minha vida, o meu objectivo, a minha conquista pessoal. Eu sonhei com isto desde pequena pois sempre senti que o meu dia iria chegar. E agora tenho todos estes fantasmas atrás de mim, como se eu merecesse tal castigo. Conseguirei eu realmente algum dia seguir em frente sem me lembrar que posso olhar para trás? Serei eu um dia realmente completa, sem ti?
Tudo por causa da maldição que me lançaste. Iremos um dia morrer separados, mas a pensar um no outro?
sábado, 13 de abril de 2013
a vida é uma procura sem fim.
Quero acreditar que o motivo que trás cada um de nós a este mundo, ou seja à vida, é a busca da pessoa com quem queremos um dia casar. É ou não bonita esta visão que tenho das coisas, mas se pensarmos a fundo, é realmente isto que nos ocupa a mente quando chegamos a determinada idade. Ninguém quer a eternidade sozinho. Queremos a pessoa certa do nosso lado - aquela que nos preenche e que nós temos, milagrosamente, a feliz capacidade de a preenchemos a ela. Como sempre digo, há amores que são para sempre. E os que não são, não faz mal. A vida (e nós) encarregar-se-à de encontrar um novo pedaço de ying que preencha o nosso yang.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
verdades.
É curiosa a rapidez com que deixamos de parte o nosso romance para ler o romance dos outros.
E eu leio porque estou mais vazia do que algum dia estive. Tenho um medo incansável dentro de mim. Como se sentisse que nunca mais me vou adaptar a nenhum sitio no mundo, nem voltar a gostar de alguém ou até mesmo, eu própria, voltar a ser gente. Queria eu uma cova no soalho para me poder enfiar lá dentro e chorar para sempre este temor - este nódulo maligno que há em mim, que me queima e afunda na solidão.
Falta-me compreensão. Falta-me o alguém que diz "isso é normal", "eu sei o que isso é". No fundo, aquelas palavras que nos fazem sentir que, afinal, não somos assim tão distintos uns dos outros, já que o mundo é uma ervilha murcha.
E eu leio porque estou mais vazia do que algum dia estive. Tenho um medo incansável dentro de mim. Como se sentisse que nunca mais me vou adaptar a nenhum sitio no mundo, nem voltar a gostar de alguém ou até mesmo, eu própria, voltar a ser gente. Queria eu uma cova no soalho para me poder enfiar lá dentro e chorar para sempre este temor - este nódulo maligno que há em mim, que me queima e afunda na solidão.
Falta-me compreensão. Falta-me o alguém que diz "isso é normal", "eu sei o que isso é". No fundo, aquelas palavras que nos fazem sentir que, afinal, não somos assim tão distintos uns dos outros, já que o mundo é uma ervilha murcha.
Prenderam-me os pés e eu não sei voar sem eles.
O orvalho caiu seco naquela manhã, pingou espessamente sobre as folhas, rico em odor e pobre em humidade. Ouvia-se ao longe uma balada, sempre com o mesmo ritmo lento mas mesmo assim forte. Era o meu coração a bater. A pele enrugava-me como se tivesse cem anos, mas a minha memoria estava tão fresca que me arrepiava.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
ninguém é insubstituível.
Hoje sinto-me trocada. Traída e arrastada para a mais profunda poça de lama - não há musica que me salve a pele nem sol que me aqueça o sangue doce. Já não sobrevoam mais gaivotas o meu horizonte, estão agora mais longe do que nunca à procura de novas redes onde se embrulharem para serem mortas. Compilei cada terno terço meu e supliquei a deus uma justificação para toda esta injustiça que chegou a mim dentro de uma garrafa velha. Sou nova, não serve isso de desculpa?
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