quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

23:23


Contigo aprendi que o meu maior amor, aquele que existia muito antes de tu chegares, é incapaz quando serve para te amar a ti, ainda mais. É estranho então, esta minha incapacidade de canalizar as palavras para te descrever, para te celebrar, para te dar tudo aquilo a que tens mais do que legitimo direito. Derrubaste, sem eu o esperar, este meu amor pelas palavras. Mostraste-me o quão mais forte que elas és, a ponto de não haver palavras suficientes no mundo que te cheguem. Que consigam descrever o quão maravilhoso e especial és. Arrepiaste-me as veias, os poros, os cabelos quando me apercebi que nem o que eu sinto por ti é descritível. É além de tudo isso. É mais fundo e profundo, é inigualável, tanto para o bem como para o mal. Aumentaste esta minha sede pela perfeição sem o quereres, sem o saberes, mas olhar para ti é como olhar para o infinito. É olhar para um dicionário vazio mas com milhares e milhares de folhas. E nós somos isso mesmo, um só livro vazio. Numa fusão quase perfeita de sermos "o nada que é tudo".

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