Ultimamente escrevo menos. Não sei se por estar feliz, e como sempre que ando em fazes felizes escrevo menos; se pelo contrário acho que estou feliz e não falo daquilo que me atormenta. Acho que é um pouco das duas. Porque sim, estou feliz, e sim, não exteriorizo os meus tremores. A verdade é que há muita coisa que me preocupa, que me dificulta a respiração, que me domina o sono. Mas não o digo porque, como muitas outras pessoas, as vezes acho que senão as disser elas perdem importância - como senão soubesse perfeitamente que ao invés disso, tudo se torna mais forte. As vezes o meu problema é começar, e a quem contar tudo o que me corrói. Guardo tanto para mim que as vezes já nem sei o que fazer com tanta informação. É a guerra interior do precisar de soltar tudo isto e o querer o bem dos outros acima de tudo. E por isso ensopo, guardo, recolho, interiorizo, para que doa mais a mim do que aos outros. É uma decisão estupida. Mas depois olho para aqueles que não o fazem, e fico contente por alguém neste mundo tentar fazer sempre o melhor possível. E aí, todo este sufoco, volta a valer mas do que a pena. Porque prefiro ser assim, do que ao contrário.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
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2 comentários:
Estes é um daqueles textos, em que eu só usaria as aspas e fazia referencia a quem o escreveu... é exactamente como me sinto.
Que bom. Obrigada*
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