Há ondas bem matreiras no meu mar e dos meus. Anda por aí um tsunami arrebatador de vidas, e eu estou debaixo de agua asfixiando já à demasiado tempo.
domingo, 31 de maio de 2009
(sem) boías de salvamento.
A partir do momento em que vivemos, tornamos-nos náufragos. Somos atirados para alto mar, a meio de uma tempestade, sem auxilio de salvamento. Se morrermos, morremos. É a pura lei da sobrevivência. Por vezes mar calmo, outras agreste e revolto.
sábado, 30 de maio de 2009
sexta-feira, 29 de maio de 2009
seven secrets.
Ao longo da vida passamos e presenciamos situações estranhas. Esquisitas mesmo. Uma delas são os segredos. O que é um segredo? tenho dois algarismos de idade e ainda não sei o que é um segredo. Teoricamente um segredo é algo que ninguém, a não ser a sua portadora, sabe. É aquilo que realmente, em todo um sentido da palavra, é unicamente nosso. Então se assim for, segredos neste mundo há poucos. E se assim for, eu tenho alguns segredos. Mas, para ser cem por cento sincera, até tenho maioritariamente pelo menos um terrestre a saber destas situações da ausência de conhecimento alheio. Pois se já alguém sabe para além de mim, não é segredo.
Quando se tem em mãos uma destas estranhas coisas, nossa, há que saber muito bem cuidar dela. De um momento para o outro pode haver um descuido e entornar-se o copo, portanto, se o cuidado é muito, passa-se por sensações e situações realmente dolorosas e esquisitas. De todas elas, acho que a maior é a de fazermos-nos de parvos. Como estar com alguém em segredo, e alguém nos vir falar desse ser humano como se não o conhecesse-mos e nós realmente termos de dar continuação e fazermos-nos de parvos para que sejamos estupidamente convincentes de que nunca tinha-mos ouvido falar em tal pessoa. É lixado. Doí e moí muito. Quanto mais quando o pseudo-segredo é uma segunda explosão em Chernobyl.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Asas tuas.
Queres mesmo voar, não é? então toma as tuas asas e voa. eu ficarei mais uma vez à espera do teu regresso... dizem que o que é realmente nosso pode ter toda uma liberdade completa e que devemos deixar ir se suas vontades forem essas, porque se for realmente nosso, voltará sempre. Então voa agora, querido, e quem sabe ainda regressarás novamente mas com certezas dos teus sentimentos. Eu manter-me-ei aqui, a sonhar em segredo.
detalhes da tua ausência II
Amanha apagar-te-ei da minha memoria. Jogarei ao mar todas as tuas lembranças, presentes, fotos e sorrisos. Cansei-me de sonhar que ainda és quem eras. Cansei-me de chorar pela tua própria dor. Cansei-me de me sentir culpada por qualquer coisa mínima que aconteça no teu quotidiano. Queres ir, vai. Vai e não me olhes mais. Deixarei de ter saudades tuas, como tenho agora. Verás. Sou mais forte do que tu imaginas, mais que tu. MAIS DO QUE ME ENSINAS-TE A SER! Idiota. Arruína a tua vida á vontade, ou finge que o fazes. No fim, mesmo sem dares o braço a torcer no teu mais intimo dar-me-ás razão pela primeira vez. Que isto tudo era escusado e que a felicidade chega-nos à porta em anonimato de um momento para o outro. E todos os dias da tua vida lembrar-te-as de mim e do que sempre te disse. Eu fartei-me das tuas farsas e dos personagens mudos que crias em ti só para arranjares maneira de vencer. Estou farta desse que és agora. Não deixas-te de me pertencer quando certos laços se finalizaram, deixas-te de ser meu quando simplesmente deixas-te de ser alguém possível de amar como antes. Por mais força que se tenha. Como as palavras quentes que me dizias em tempos.
"a única pessoa que percebo de momento, és tu."
"a única pessoa que percebo de momento, és tu."
terça-feira, 26 de maio de 2009
letters. I
Querido mar,
hoje inicio com um pedido desamparado e de alma desesperadora. Trás-me o meu amor de volta. Enrolado nas tuas ondas de agua mornas devido ao sol colado como ponto amarelo no imenso céu. Ele está-me a escorregar por entre os dedos como agua cristalina tua, e eu não estou a conseguir mais agarra-lo. O meu coração inundou e morre lentamente afogado. Trás-me o meu oxigénio. Trás-mo com areia nos lábios para que eu limpe e o beijo nos saiba a sal. Começo a ficar com a pele escamada de tanto remexer em ti, à sua procura. Eu sinto a falta dele, não só fisicamente como dos seus sentimentos. Faz-lo querer-me tanto ou mais como eu o quero a ele. Dá-nos barbatanas e une-nos as mãos engelhadas para que fiquemos para sempre ligados. Acabariam as guerras, as traições e os segredos. O mundo precisa de saber qual os meus sentimentos. Não quero ter guelras que espoliem mentiras constantes como as que tenho de prenunciar para que o segredo-mor se mantenha. Tenho constantemente a cabeça a fabricar bolhinhas de sabão, já nada mais cá entra realmente durante aquelas fases largas em que o telefone não toca ou ele não me olha ao passar por mim. Penetra-lhe amor por mim e trás-lo à costa. Estarei sentada no areal, ansiosa, pelos seus olhos de mel a guerrearem por beleza com o teu imenso azul.
com amor,
Mafalda
(we are one) - música.
«Não sei pelo que estamos a discutir.
Quem diria que nós iríamos acabar? (...)
Tu ouvis-te o som, de um sorriso a desaparecer?
Quando é que isto vai acabar? (...)
Uma parte de mim ainda vive por ti - nunca te esqueças
Porque eu faço-te parte, eu acredito que nós somos um.
Mas continuamos a cair no silencio. Sem amor, sem tempo!
O que vai custar até que tu percebas... Está a matar-me (...)
O que te está a passar pela cabeça? (...)
E todas as coisinhas pequenas que nos pertencem... vais mesmo deita-las fora? (...)
Tu deixas-te tudo nas minhas costas!
E eu não vou gastar mais um dia até que tu acredites.
Quem diria que nós iríamos acabar? (...)
Tu ouvis-te o som, de um sorriso a desaparecer?
Quando é que isto vai acabar? (...)
Uma parte de mim ainda vive por ti - nunca te esqueças
Porque eu faço-te parte, eu acredito que nós somos um.
Mas continuamos a cair no silencio. Sem amor, sem tempo!
O que vai custar até que tu percebas... Está a matar-me (...)
O que te está a passar pela cabeça? (...)
E todas as coisinhas pequenas que nos pertencem... vais mesmo deita-las fora? (...)
Tu deixas-te tudo nas minhas costas!
E eu não vou gastar mais um dia até que tu acredites.
Talvez eu esteja errada, e tu nunca precisas-te de nada (...)»
segunda-feira, 25 de maio de 2009
dezassete dias.
Sou comida fácil. Sim, sou. Alimento plástico de acesso rápido. Talvez por isso estejas a enjoar, o menu é sempre o mesmo. Não há guerra, desafio, queres e tens. Não sou boa amante. Eu queria ser menos romântica e apaixonada. Talvez assim me escolhesses a mim definitivamente. E deixarias de parte essa busca diária de novo alimento, de novidade. Não sou suficientemente boa para ti. Eu sei, eu sei. Mas à uma parte de mim - do meu eu de sempre - que me diz que se te satisfaço por inteiro mandas a embalagem para o lixo. Outra vez. E desta vez, não a voltas a ir buscar. Então dou-te amostras, repetidas amostras, aquelas que começas a entender como o meu todo. Não quero avançar. Quero-te a ti primeiro, como minha propriedade fazendo parte do meu eu. Complico, e não devia. Porque assim vou-te perdendo, mas não quero chegar ao ponto total de uso. Estás a usar-me e eu a deixar, então compreende este meu limite, que é gostar de ti.
- mas tens medo que fuja?
- sim.
- não tenhas, eu não te deixo. mais motivos para medos teria eu
- porque?
- porque já te foste embora uma vez...
- desculpa.
domingo, 24 de maio de 2009
questions.
Nome?
Vodka black com limão e Vodka Ananás e Groselha, talvez.
Mafalda Macedo
Porque lhe deram esse nome?
por causa da Mafalda da banda desenhada.
Furos nas orelhas?
seis, e muito orgulhosa deles.
Piercings?
um.
Tatuagens?
(ainda) não.
Cor do cabelo?
a natural é castanho médio
Cor dos olhos?
castanhos.
Altura?
1.61m (para minha grande infelicidade)
Peso?
48Kg, normalmente.
Nacionalidade?
portuguesa.
Alcunhas?
Mafs, Maf, Mafaldini, e todos os variantes possíveis de Mafalda.
Irmãos?
uma irmã.
Signo?
peixes.
Filhos?
não faço grandes tensões disso.
Peixe ou carne?
Carne! i dont eat fish.
Comida favorita?
nenhuma em particular.
Sobremesa favorita?
gelado de chocolate.
Bebida alcoólica favorita?
Vodka black com limão e Vodka Ananás e Groselha, talvez.
Bebida não alcoólica favorita?
sumo de laranja natural.
Dia favorito do ano?
de momento, nenhum em especial.
Feriado favorito?
todos, no aulas!
Dia da semana favorito?
sextas-feiras.
Inverno ou verão?
inicio do inverno e todo o verão.
Beijo ou abraço?
abraços e beijos na boca das minhas gatas.
Pepsi ou coca-cola?
não consumo bebidas com gás (são horríveis e fazem mal, sabiam?)
Mac Donald's ou Pizza Hut?
mac (happy meal forever).
Café ou capucciono?
café.
Manhãs ou noites?
noites!
Palavrões?
as vezes lá saem.
Perfume?
de odores leves, os fortes fazem-me alergia.
Cor favorita?
cor-de-rosa e os seus variantes.
Filme favorito?
"amadeus mozart - o filme"
Praia ou montanha?
praia, claro.
Livro favorito?
alguns dos muitos que li da Nora Roberts.
Que livro está a ler?
agora nenhum. Acabei a pouco tempo "O amor é fudido" de Miguel Esteves Cardoso.
Um lugar?
desde que bem acompanhada, qualquer um.
Uma musica?
é segredo...
Tema de conversa que detesta?
se muito repetido, qualquer um.
Restaurante de fas-food preferido?
não sou muito de comidas de plástico.
Uma viajem?
milão, talvez.
Lugar mais longe onde já esteve?
a minha adorada França.
É uma pessoa quente ou fria?
quente (demais, dizem).
Ser feliz é?
acreditar que nada é impossível.
Medo?
perdi-lhes a conta.
O que gostas mais em ti?
a minha flexibilidade nas relações e problemas.
Dá-se bem com os seus pais?
podia ser pior, acho eu...
Hobbies?
escrita, fotografia, compras, etc.
Fobias?
insectos, qualquer um. grito e choro, torno-me obcecada. se algum mais asqueroso me toca meto a roupa para lavar se for preciso.
Disciplina favorita na escola?
Filosofia. (e gostaria de português se tivesse a disciplina e senão tivesse de ler em voz alta o que escrevo)
No ultimo mês bebeu álcool
no ultimo mês e nos anteriores todos.
No ultimo mês fumou?
han... fumadora passiva conta?
No ultimo mês fez compras?
claro.
No ultimo mês comeu sushi?
nunca comi disso.
No ultimo mês cortou ou pintou o cabelo?
fiz franja, e pintei da cor resultante de ruivo com castanho-creme (parece esquisito mas é linda a cor).
No ultimo mês roubou?
nem por isso.
Saltava de bungee-jump?
sim, mas antes ainda vou fazer paraquedismo.
Melhor sentimento do mundo?
o de ser pequenino.
Um lugar onde nunca esteve e gostava de ir?
um certo coração.
Quando foi a ultima vez que chorou?
ontem.
Se fosse outra pessoa, seria sua amiga(o)?
acho que sim.
Desamarra os sapatos quando se descalça?
não preciso.
Acredita que é uma pessoa forte?
acredito que posso ser mais.
Objectivo de vida?
ser feliz.
De quem sente saudades?
dos que têm mudado, para pior.
Há alguma coisa que se arrependa de já ter feito?
há.
Que roupa está a usar?
calças de ganga escuras, camisola ás riscas azul e preta e um colete cinzento.
O que tem calçado?
meias(?)
O que está a ouvir?
Rita Redshoes
Quem foi a ultima pessoa com quem falou ao telemóvel?
com a minha Sara.
Qual é a palavra que mais usa no msn?
"ya"
Já ficou bêbeda?
ó ó.
Dia perfeito?
top secret.
Tem alguma coisa na parede do seu quarto?
tenho um quadro com uma caricatura minha, um quadro rosa, dois quadros de cortiça, um bengaleiro para as malas e 66 CD's. portanto não se vê muita parede...
Qual é o pensamento que tem ao acordar?
"já?"
Como quer morrer?
durante o sono. porque acredito que assim sonharei para sempre.
Há alguém que não te suporte?
sim.
Em dez anos imagina-se...
na minha casa, com o meu trabalho e um salário adequado ás minhas necessidades fúteis (o que não é fácil).
sexta-feira, 22 de maio de 2009
detalhes da tua ausência.
Ainda sinto o frio das tuas palavras aqui na garganta. Gela, petrifica. Vou ficar doente, se já não o estiver. Espero que te saiba bem sabe-lo, sinceramente. Estou a criar por ti uma espécie de ódio. Odeio-te. Odeio-te por não gostares de mim. Odeio-te por seres mau comigo e por esse arrependimento que sentes na espinha. Queira Deus, que te engasgues com ela. Odeio-te por sentir tanta raiva. Queria bater-te. Bater-te até te vir sangrar a sério e os meus músculos começassem a latejar, do esforço. Irritas-me! E é isso que tu queres. Consegues-lo, dá-te por feliz. Sim, sim. Feliz. É o que procuraras longe de mim. Portanto espero bem que o estejas a conseguir, senão aí que é te bato e odeio mesmo.
Agora vestes-te mal. Estás a tentar ser alguém que não és. Todos falam disso, as pessoas são realmente maldosas. São hipócritas, eu também tenho dias. De ti não falo, não tenho que falar. Não me dás autorização, senhor de seu nariz. A arrogância fica-te mal, mas também, quem me diz que não foste sempre assim? Já que eu também fui uma mera farsa, talvez tu também o tenhas sido. Hei-de perguntar. Andas a tentar provocar-me. Eu noto. Espero que agora sorrias, de vitoria. Campeão de meia tigela. Não sei o que queres com isso, talvez pisar mais um pouco. Para alguém que se diz tão pisado pela vida, fazê-lo a alguém deve ser gratificante. E quem melhor para atormentar, senão alguém que só nos fez mal? Eu percebo. Ou finjo perceber, mas pouco importa.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
tudo, menos amigos.
Deste-me a ultima resposta que precisava. A confirmação de que um sorriso é o equivalente a um bem-estar carnal e espiritual, e não um choro interior. o contrario do que penso. Mostras-te que até o ser mais deslocado do habitual da sociedade pode ser levado pelas marés do comum e desacreditar no que sempre viu. No que os olhos persa observaram depois de escavar a camada protectora de terra; uma luz de mil formas, desejosas por entendimento. Entendes-te, mas esqueces-te. Ou pior, duvidas-te. A magoa faz-nos ter comportamentos obstinados, desamparados e maldosos. Tu, ser esquivo ás regras normais, não podias amachucar o papel e mandá-lo fora. Tinhas de o esticar bem esticadinho, queimar com um isqueiro as pontas, fura-lo e riscar cada misera palavra ou sinal de pontuação. Para que doe-se, porque a ti doí-te. E muito. O arrependimento agora faz-te parte do sistema respiratório, e a raiva tem de sair, e mais alguém tem de sofrer. Mais do que já sofre. ao contrario do que tu pensas. Há que seguir um caminho depois da tempestade, depois do papel estar bem pisado e queimado num beco muito escuro, abandonado. Vais segui-lo, esse tal caminho por traçar, de mãos frias e as calças rotas, comidas pela ausência do meu corpo sobre elas. Vais ter saudades, vais sentir falta. Mas não voltas para trás, não te humilhas mais. Por isso, a tua jornada não pode acabar sem ouvires umas poucas coisas. Pedidos, de perdão. Desculpa, ter-te mostrado a ti e SÓ a ti como eu realmente era. Desculpa, ter-te contado o meu passado com a confiança que NÃO tive com ninguém. Desculpa, ter-te amado e feito acreditar. Desculpa, ter-te permitado fazer parte do meu fairy tale.
é real.
Há dias em que me apetece dançar em cima de ti, do teu peito definido e moreno. Pareço tão pequenina ao teu lado, és tão alto, tão lindo. Sinto-me uma irmã mais nova, sempre à procura do aconchego quente do irmão protector. É assim que leio o pensamento daqueles que nos vêm juntos, os desconhecidos, já que, para os outros somos amigos que por um acaso se cruzaram e fazem juntos um percurso recto para caminhos diferentes. Mal sabem, mal sonham tamanho segredo criminoso que é o nosso envolver. Sinto diferenças desde que expus um pouco deste meu gosto por ti, de quem realmente és e do que eu me tornei. Muitos mudaram de opinião sobre mim, fazer juízos de facto é-lhes mais forte que o sentimento que têm por mim. Não percebem o incontrolável, o saudável e o envolvente que é ter alguém da forma como eu te tenho a ti e ás novas sensações que este especium de relação me trás à camada externa da pele.
Talvez seja tudo parvoeiras minhas. Quem sabe no fim não darei razão aos julgadores dos meus pecados e admitirei perante o mundo que eu era quem estava errada? Talvez até, ele não seja quem eu realmente penso que seja... quem sabe? Mas por agora quero deixar o pincel continuar a desenhar a linha continua do nosso descoordenado passo, até um de nós meter o ponto do i na palavra que faz o Fim.
Talvez seja tudo parvoeiras minhas. Quem sabe no fim não darei razão aos julgadores dos meus pecados e admitirei perante o mundo que eu era quem estava errada? Talvez até, ele não seja quem eu realmente penso que seja... quem sabe? Mas por agora quero deixar o pincel continuar a desenhar a linha continua do nosso descoordenado passo, até um de nós meter o ponto do i na palavra que faz o Fim.
- deves gostar muito da minha orelha tu.
- não, eu em ti gosto de tudo.
domingo, 17 de maio de 2009
(a.j) - música.
«Quem te vê passar assim por mim não sabe o que é sofrer
Ter de te ver assim, sempre tão linda. Comtemplar o sol do teu olhar (...)
Com a certeza (...) de me achares um nada
Pois sem o teu carinho eu sinto-me sosinho, afogando-me na solidão (...)
Nunca acreditei na ilusão de te ter
Atormenta-me a previsão do nosso destino passar o dia a esperar por ti (...)
Quando tudo tiver um fim, tu vais estar com alguem. Um alguem sem amor.
Será sempre um espinho dentro do meu coração. (...)
Eu sei que já não queres o meu amor
Sei que já não gostas de mim
Eu sei que não sou quem tu sempre sonhas-te
Ter de te ver assim, sempre tão linda. Comtemplar o sol do teu olhar (...)
Com a certeza (...) de me achares um nada
Pois sem o teu carinho eu sinto-me sosinho, afogando-me na solidão (...)
Nunca acreditei na ilusão de te ter
Atormenta-me a previsão do nosso destino passar o dia a esperar por ti (...)
Quando tudo tiver um fim, tu vais estar com alguem. Um alguem sem amor.
Será sempre um espinho dentro do meu coração. (...)
Eu sei que já não queres o meu amor
Sei que já não gostas de mim
Eu sei que não sou quem tu sempre sonhas-te
Mas vou reconquistar o teu amor todo para mim (...)»
Humana.
Devia estar tudo escrito. Claro e pontuado, enumerado, destacado. Simples, sem possíveis leituras das maquiavélicas entre-linhas. Era mais fácil. Mais útil, mais bom. Poupava enxaquecas e noites sem dormir, preocupações e tormentos. Ausências de sorrisos constantes, longos, oh profundos. Seria tudo lido, as vezes necessárias para citar em seguida, decorando, e mais que isso, seguindo-as como bíblia, como lei. Honrando e nunca assassinando as sugestivas. São tolos meus desejos, minhas vontades estas. Partidas de reais necessidades, da existência de algumas facilidades e ajudas ao socorro dos meus dias. Dias desta cabeça minha que por alturas se torna tão oca e infantil. O mundo inteiro me alerta, e eu mantenho-me sem desequilíbrios a caminhar na linha do comboio que não tarda aproximar-se-á de mim. Quero ser pássaro e chegar ao limite dos céus, sugar o máximo de néctar positivo do algo até tudo desabar e eu ficar entre o soalho e o empilhar das negatividades que deixei acumular e desgastar o tecido de suporte. Minhas acções não são maldosas, apenas desamparadas, injustificáveis aos olhos desse mundo fora comum e cavaleiro medroso.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
organizar.
Sabes, e desculpa a força das palavras, mas há coisas que tu já devias saber e eu nunca tenho coragem de te dizer. Estou a meter muitas coisas em risco, tudo por ti. Pelas gotas de felicidade que tu me dás. Mas não é isso que todos procuramos? Estou a estragar relações, a ter um sorriso idiota no rosto e lágrimas do não-sei-o-que-fazer, simultaneamente. Escuta... eu preciso que te decidas. Tu e eu. Temos de decidir posições de jogo, do contra-ataque e escrever reais discursos de vencedor se a batalha for ganha. Sabes, eu muitas vezes não sei como manobrar a minha espada para enfrentar os contratempos. Não podemos ter um tempo de cada vez? Limpo, feliz, nosso? Decide-te, pára de brincar - se for o que estás a fazer comigo. Que também eu me decidirei, a decisão certa se conseguir. Não prestas mas, que me caia o mundo em cima se não for de ti de quem eu gosto.
- deseja alguma coisa?
- sim, quero-te a ti se puder ser.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
Folies.
Deslizas-te para a minha vida como agua. Escorres-te com rapidez, e fizeste poça nas minhas mãos juntas e desamparadas. Surgis-te da torneira mais imprevisível, e só funcionas-te nas piores situações e maus momentos. Curioso. Sais-te torneira fora sempre que mais precisava de um beijo e palavras picantemente doces. Contigo tenho vontade de ser sereia, sereia nessa tua infinita constituição aquática. E fazer como me disseste anteontem, fluir. Percorrer-te de cima a baixo, horas e dias perdidos útilmente a viver as sensações perfeitas que me fazes sentir e querer mostrar-te que também te consigo saciar a fome. És agua com fome, com apetite. De carne e de um semelhante a ti. Serei eu a tal? Abandona o peixinho bebé que remexe nas tuas águas e deixa-me mergulhar em ti. Mostrar-te que consigo ser melhor, e que juntos seremos um só elemento. Puro.
- não, não tenho nada combinado.
- é que queria ir contigo á praia.
- não, não tenho nada combinado.
- é que queria ir contigo á praia.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
domingo, 10 de maio de 2009
Foi no dia 8, á uma e cinquenta da madrugada.
Era a noite. E foi a noite. O coração estava sempre impaciente, amargo, tremido e tristonho. Pensava que não vinhas, julgou que fosse uma noite sem ti, e ele tanto que precisava de ti nela. Era a noite. E foi a noite. O coração parou, quando os olhos leram a mensagem no telemóvel que virias, por mim e para mim. Fiz do álcool meu aliado, com o seu excesso, infantilmente para ganhar mais coragem para me tocares passados tantos meses. Era um tremendo impasse, ansiedade no olhar que era disfarçado pelo dançar do corpo sentado em cima da coluna da discoteca à tua espera, à tua procura ferozmente, como leoa ansiosa pela presa após dias a fios sem alimento. Queria essa tua carne, bem cerrada nos meus dentes. Era a noite. E foi a noite. De visão ligeiramente turva, de mãos a deixar de tremer de nervoso devido ao álcool a bater a sua auto-pulsação descoordenada e divertida, a tirar partido desta cabeça oca e deste corpo faminto. Como eu queria que fizesses comigo, só naquela noite, sem arrependimentos ou problemas de consciência. Olhando de esgueira vi-te, com o teu estilo bonequinho, lindo com os olhos cor de mel que nunca me deixas contemplar - por não seres capaz de me olhar nos olhos tempo suficiente para tal - e levada pelas bebidas já algumas e pelo amor, subi com duas amigas para o cimo das colunas que vibravam, não tanto como o meu corpo, de tamanha provocação que queria fazer-te assistir. E aí viste-me tu, e sorris-te ainda firme no teu lugar distante do meu. Queria-te meu cada vez mais, e fiz fermentar a mistura do ciume e do prazer, que te fez voar até mim. Arrancando-me dali, e ao encontro de rostos a união de duas bocas de encaixe perfeito. Joguei-me a mim mesma contra a parede negra atrás de mim, e dançamos encaixados noite fora. Contigo puxando pelo meu lado mais sexual, selvagem, prazeroso, sensualmente atrevido e deliciado perante tal ser vivo à minha frente. Era a noite. E foi a noite. Em que foste só meu e me prometes-te ser eu a única daquela noite longa que acabou cedo, por ter de ir embora. Despedi-me de ti, depois de todo aquele envolver de atracção no ar, como se aquela pudesse ser a ultima vez que estaria contigo e tu comigo. Não prestas, e eu ainda não aprendi a não gostar de ti.
- mas tu tens namorada.
- e agora é que te preocupas com isso?
sábado, 9 de maio de 2009
(eu estou aqui) - música.
«Eu sou aquele que vive aceso no teu mundo
Eu sou aquele que te persegue num sono profundo (...)
Sou o passado recordado de um amor, um grande amor.
Eu sou aquele que não esquece nem perdoa
Eu sou aquele que a tua ausência magoa
Eu sou uma noite nunca apagada
Eu já fui tudo e agora não sou nada! (...)
Eu estou aqui, aqui p'ra te dizer que como eu ninguém te amou.
Eu sou aquele que te entrega a sua vida
Eu sou aquele herói de uma paixão perdida (...)
Eu sou aquele que te persegue num sono profundo (...)
Sou o passado recordado de um amor, um grande amor.
Eu sou aquele que não esquece nem perdoa
Eu sou aquele que a tua ausência magoa
Eu sou uma noite nunca apagada
Eu já fui tudo e agora não sou nada! (...)
Eu estou aqui, aqui p'ra te dizer que como eu ninguém te amou.
Eu sou aquele que te entrega a sua vida
Eu sou aquele herói de uma paixão perdida (...)
Sou o final de uma historia inacabada (...)»
quarta-feira, 6 de maio de 2009
not easy promise.
Nas minhas (mais) intimas navegações em alto mar de dúvidas, ânsias e preocupações ocupei as minhas últimas tardes de vida. Eu podia ter saído praia fora, satisfazer ordens da mente e sugestões do coração. Podia. Mas não foi assim. Fechei-me a sete cadeados ferrugentos em casa. Com o sal a gretar-me os dedos. Só, vulnerável, angustiada... com os ouvidos a serem violados pelas palavras reais e conselhos correctos dos que estão em volta. Sabia - apenas eu - porque a vira e ouvira. Uma poça com água-trovoada do passado atravessou-se no meu caminho no outro dia (um próximo) e fez ondulação bárbara suficiente para me salpicar o corpo e martirizar o coração. Que aqueceu e tremeu, coberto de frio doloroso. A verdade, a realidade está-me exposta a olhos fechados ou bem abertos. Mas a lógica vai contra o sentimento, e é esse capitão do mar que me guiou tantas vezes. Meti lágrimas de instabilidade no aguado passado, que faz de meu impasse destemidos últimos dias.
Chegas-te cedo, no amanhecer da maresia. Após tanto tempo. E sussurras-te o meu nome, leve. Arrepiei-me tanto por fora como por dentro «hum?», silêncio e o mar embateu na madeira do porto pescador, «eu prometo que não te faço sofrer...».
regressa à tua gruta no rochedo, por favor, eu não quero sentir mais nada.
terça-feira, 5 de maio de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
(Cry) - música.
«Eu não sou do tipo que deixa o coração partir-se, eu não sou do tipo que fica chateada e chora.
Porque eu nunca abro o meu coração.
Dizer adeus nunca me magoa
Para mim, relações não se tornam profundas, nunca entendi essas coisas de "estar apaixonado" (...)
Estou a perder a cabeça
O que é que está acontecer?
Eu afasto-me do amor. É isso que sinto.
Desta vez foi diferente
Foi como se eu fosse só uma vitima (...)
Agora estou neste estado.
Com todos os sintomas de uma rapariga com o coração partido.
Mas não importa o que quer que seja, tu nunca me verás chorar. (...)
Tudo me está a doer. Talvez porque passámos muito tempo juntos.
Eu sei que não acontecerá mais.
Eu nunca te deveria ter deixado abraçares-me, querido (...)
Como é que cheguei a este ponto contigo? Eu nunca saberei.
A minha intenção nunca foi deixar isto tornar-se tão intimo.
E depois de tudo o que tentei fazer... estou com o coração partido (...)
Mas não importa o que é...
Porque eu nunca abro o meu coração.
Dizer adeus nunca me magoa
Para mim, relações não se tornam profundas, nunca entendi essas coisas de "estar apaixonado" (...)
Estou a perder a cabeça
O que é que está acontecer?
Eu afasto-me do amor. É isso que sinto.
Desta vez foi diferente
Foi como se eu fosse só uma vitima (...)
Agora estou neste estado.
Com todos os sintomas de uma rapariga com o coração partido.
Mas não importa o que quer que seja, tu nunca me verás chorar. (...)
Tudo me está a doer. Talvez porque passámos muito tempo juntos.
Eu sei que não acontecerá mais.
Eu nunca te deveria ter deixado abraçares-me, querido (...)
Como é que cheguei a este ponto contigo? Eu nunca saberei.
A minha intenção nunca foi deixar isto tornar-se tão intimo.
E depois de tudo o que tentei fazer... estou com o coração partido (...)
Mas não importa o que é...
Tu nunca me verás chorar.»
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